Batalha de Sedan e a capitulação de Napoleão III |
Uma Lição de
História
(Por
Bernardo Mariano)
3. Viragem do Século
XVIII para o XIX
(continuação - VI parte)
A música deste período é
dominada por duas figuras: Ludwig van Beethoven e Giachino Rossini.
Do alemão, diremos tão somente
que, para além de ter moldado decisivamente o curso da história da música,
moldou ele próprio, a época em que viveu, num caso raro e assombroso de
interacção artista-sociedade.
Ele era um homem dos
novos tempos convicto da sua missão e do seu valor enquanto criador. Saído de
uma sociedade em que músicos e criadores faziam parte da “criadagem”, Beethoven
conseguiu para eles aqui lo que
Leonardo da Vinci havia conseguido para os seus pares, no Renascimento: a
valorização do criador e a aqui sição
para ele de um estatuto social à parte.
De tal forma Beethoven o
conseguiu que a música foi a verdadeira arte no Século XIX.
Quanto a Rossini, ele
simbolizava o fulgor que o género musical iria conhecer por excelência no século
XIX: a ópera.
4.
Viragem do Século XIX
para o XX
O final do século XIX é um período
de esgotamento dos modelos políticos, filosóficos e artísticos mas, em
contraste, há um optimismo civilizacional provocado pelos imparáveis avanços técnicos
e científicos com o capitalismo a cavalgar a industrialização maciça e a expansão
colonial.
Os artistas questionam-se sobre o seu lugar e função
na sociedade (pelo menos aquela que cultivava e consumia arte...) de profundas
desigualdades e contradições, o que é profundamente sentido em França e na Áustria,
em parte pelo rescaldo da humilhante derrota na guerra de 1870 que foi declarada
pela França a 19 de Julho de 1870 contra a Alemanha que dispunha do dobro dos
soldados que os franceses conseguiram reunir – 400.000 contra 200.000.
A guerra A guerra foi
declarada pela França a 19 de julho de 1870 e, imediatamente, a Alemanha e seus
vizinhos do Sul uniram-se numa frente contra Napoleão 3º e suas tropas.
O
Império Áustro-Húngaro, a Rússia, a Itália e a Inglaterra preferiram manter a
neutralidade.
Enquanto as tropas alemãs, do comandante-em-chefe conde Helmuth
von Moltke, dispunham de 400 mil soldados, os franceses conseguiram mobilizar
apenas 200 mil.
A batalha decisiva foi iniciada na manhã de 1º de Setembro,
em Sedan. Napoleão
chegou ao campo de batalha na tarde do mesmo dia e assumiu o comando militar.
Ao consciencializar-se
da situação desoladora, ordenou que fosse içada a bandeira branca. Na mesma
noite, foi negociada a capitulação e a prisão de Napoleão e 83 mil soldados
franceses.
Quando esta notícia chegou a Paris, houve uma rápida
rebelião. A Assembleia Constituinte foi dissolvida e, a 4 de Setembro,
proclamada a República Francesa.
No dia 19 de Setembro
de 1870, as tropas alemãs cercaram Paris. Nos conflitos que se seguiram,
comandados pelo governo da resistência, em Tours, os franceses foram derrotados
pelos prussianos.
Os sérios
problemas de abastecimento e a forma rudimentar com que a população civil
tentava evitar a tomada da capital apressaram a capitulação, a 19 de Janeiro de
1871.
Um dia antes, Guilherme 1º havia sido coroado imperador
alemão no Palácio de Versalhes, selando o objectivo de Bismarck, de uma grande
potência alemã.
A capitulação formal de Paris e o armistício aconteceram a 28
de Janeiro de 1871. Seguiram-se a composição da Assembleia Nacional francesa e
a constituição da Terceira República. O acordo de paz foi selado em Frankfurt,
a 10 de Maio de 1871.
Como reparação de guerra, a França abdicou da Alsácia e
foi forçada a pagar uma alta soma em dinheiro.
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