terça-feira, abril 29, 2014

Batalha de Sedan e a capitulação de Napoleão III
Uma Lição de 

História
(Por Bernardo Mariano)




3. Viragem do Século XVIII para o XIX
(continuação - VI parte)



A música deste período é dominada por duas figuras: Ludwig van Beethoven e Giachino Rossini.

Do alemão, diremos tão somente que, para além de ter moldado decisivamente o curso da história da música, moldou ele próprio, a época em que viveu, num caso raro e assombroso de interacção artista-sociedade.

Ele era um homem dos novos tempos convicto da sua missão e do seu valor enquanto criador. Saído de uma sociedade em que músicos e criadores faziam parte da “criadagem”, Beethoven conseguiu para eles aquilo que Leonardo da Vinci havia conseguido para os seus pares, no Renascimento: a valorização do criador e a aquisição para ele de um estatuto social à parte.

De tal forma Beethoven o conseguiu que a música foi a verdadeira arte no Século XIX.

Quanto a Rossini, ele simbolizava o fulgor que o género musical iria conhecer por excelência no século XIX: a ópera.


4.  Viragem do Século XIX para o XX

O final do século XIX é um período de esgotamento dos modelos políticos, filosóficos e artísticos mas, em contraste, há um optimismo civilizacional provocado pelos imparáveis avanços técnicos e científicos com o capitalismo a cavalgar a industrialização maciça e a expansão colonial.

Os artistas questionam-se sobre o seu lugar e função na sociedade (pelo menos aquela que cultivava e consumia arte...) de profundas desigualdades e contradições, o que é profundamente sentido em França e na Áustria, em parte pelo rescaldo da humilhante derrota na guerra de 1870 que foi declarada pela França a 19 de Julho de 1870 contra a Alemanha que dispunha do dobro dos soldados que os franceses conseguiram reunir – 400.000 contra 200.000.

A guerra A guerra foi declarada pela França a 19 de julho de 1870 e, imediatamente, a Alemanha e seus vizinhos do Sul uniram-se numa frente contra Napoleão 3º e suas tropas.

O Império Áustro-Húngaro, a Rússia, a Itália e a Inglaterra preferiram manter a neutralidade. 

Enquanto as tropas alemãs, do comandante-em-chefe conde Helmuth von Moltke, dispunham de 400 mil soldados, os franceses conseguiram mobilizar apenas 200 mil.

A batalha decisiva foi iniciada na manhã de 1º de Setembro, em Sedan. Napoleão chegou ao campo de batalha na tarde do mesmo dia e assumiu o comando militar.

 Ao consciencializar-se da situação desoladora, ordenou que fosse içada a bandeira branca. Na mesma noite, foi negociada a capitulação e a prisão de Napoleão e 83 mil soldados franceses.

Quando esta notícia chegou a Paris, houve uma rápida rebelião. A Assembleia Constituinte foi dissolvida e, a 4 de Setembro, proclamada a República Francesa.

 No dia 19 de Setembro de 1870, as tropas alemãs cercaram Paris. Nos conflitos que se seguiram, comandados pelo governo da resistência, em Tours, os franceses foram derrotados pelos prussianos.

Os sérios problemas de abastecimento e a forma rudimentar com que a população civil tentava evitar a tomada da capital apressaram a capitulação, a 19 de Janeiro de 1871.


Um dia antes, Guilherme 1º havia sido coroado imperador alemão no Palácio de Versalhes, selando o objectivo de Bismarck, de uma grande potência alemã.

A capitulação formal de Paris e o armistício aconteceram a 28 de Janeiro de 1871. Seguiram-se a composição da Assembleia Nacional francesa e a constituição da Terceira República. O acordo de paz foi selado em Frankfurt, a 10 de Maio de 1871.

 Como reparação de guerra, a França abdicou da Alsácia e foi forçada a pagar uma alta soma em dinheiro.

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