terça-feira, julho 29, 2014

Um livro espantoso.
Porque Falham as Nações






















A propósito do que está a acontecer ao Banco Espírito Santo que amanhã se prepara para apresentar as Contas do 1ª Semestre, da responsabilidade da nova Administração, com 3 mil milhões de prejuízo, o maior da história de Portugal, e ainda do desclabro do Grupo Espírito Santo com empresas sediadas no Luxemburgo, falidas em cascata e cujas dívidas, fala-se em 7 mil milhões, é oportuno recordar, como fez João Vieira Pereira, do Expresso, o livro de Daron Acemoglu e James A. Robison, cujo título é:

 - “Porque Falham as Nações, as origens do Poder, da Prosperidade e da Pobreza”.

Os autores são de opinião que existem instituições políticas e económicas “extractivas” e “inclusivas”.

As primeiras, as “extractivas”, retiram valor da sociedade concentrando-o em poucos, as segundas, “inclusivas”, difundem esse valor pelo maior número de indivíduos.

O Grupo Espírito Santo era claramente extractivo, extraía só para alguns, para os seus, família e amigos. Não havia bem comum, havia o bem de um, Ricardo Salgado.

Sobre ele girava um império e as ligações são todas conhecidas: Durão Barroso, Paulo Portas, José Sócrates, EDP, PT e até ao Benfica e isto durante anos, com a cumplicidade de todos, com a cobardia de todos.

Ninguém teve a coragem e a força de acabar com a vergonha que era o domínio deste homem o qual, apropriando-se do valor que era criado só para ele, amigos e família, impediu que a prosperidade se alargasse ao país e por isso fomos para a cauda da Europa.

Num texto anterior, indo ao encontro de muitos, fui de opinião que a destruição do poder deste homem, a prazo, só pode ser boa, falei até em revolução sem cravos nos canos das espingardas.

Agora vai custar a muitos que não tiveram culpa, mas no final haverá mais concorrência, menos “amiguismo” e mais inclusão.

As regras do jogo mudarão daqui para a frente e a moralização do sistema parece óbvia. Já ninguém é intocável mesmo que se diga que Salgado só foi confrontado com a justiça depois de ter perdido o poder.

Amanhã, com a ajuda do Prof. Viriato Soromenho Marques, procuraremos ir mais ao fundo da questão.


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