Casamento de Mahamoud e de Morel |
Romeu e Julieta
Conheceram-se há 5 anos e casaram no Domingo à noite em Telavive, ele muçulmano, ela judia convertida ao Islão. Ao contrário dos casamentos, este foi amaldiçoado por toda uma comunidade, pelo menos a da família da noiva.
O que devia constituir um exemplo de união para os seus povos acabou por não passar de uma provocação à fé religiosa, reprovada e condenada publicamente por todas as figuras públicas israelitas.
O Presidente disse que os actos da jovem "poem em causa os fundamentos democráticos e judaicos do Estado".
A Ministra da Justiça considerou-os "insuportáveis" e "odiosos".
O dirigente do partido Shas (ortodoxo) afirmou "que um jovem ou uma mulher que mudam de religião traem o seu povo" e o Presidente da Associação Nacional de Rabis, mais moderado, limitou-se a recomendar "ser fundamental combater a assimilação" e considerou que a rapariga teve um comportamento "hostil e contra-produtivo".
Não há volta a dar-lhe. A religião nestes dois povos é um muro intransponível, uma barreira, uma garantia de guerra e morte em que o melhor que poderemos esperar são intervalos de dias ou horas entre a troca de bombas.
Parabéns para o Mahamoud Mansour e a Morel Modka que tiveram a coragem de assumir o casamento ao fim de 5 anos de namoro não obstante o "rosnar" da família israelita para quem Morel foi uma desertora, ela, que apenas cometeu o "crime" de casar com o homem de quem gostava.
É nestas situações, especialmente, que me apetece dizer: "graças a deus que não sou crente".
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