O oportunismo e o populismo são tão flagrantes nesta fase final da campanha de Seguro que chega a assustar. Razão tem António Costa em afirmar que esta não é uma questão do partido Socialista mas do país.
Este homem que nunca fez outra coisa na vida
do que baixa política mostra-se exímio em truques para conseguir os seus
objectivos, truques que não irão parar depois do 28 de Setembro.
A “proposta” de diminuição do número de
deputados da Assembleia para 180 que ele apresentou no Parlamento e foi desmascarada,
na TV, por Marques Mendes que mostrou fotocópia de um papel assinado por ele sem nenhum valor como Proposta de Lei, diz tudo.
No entanto, a sua mente calculista, admite que por cada político que ele "eliminar" os "idiotas" dos eleitores lhe darão uns dez votos a mais pelo que 50x10 igual a 500 votos...
No entanto, a sua mente calculista, admite que por cada político que ele "eliminar" os "idiotas" dos eleitores lhe darão uns dez votos a mais pelo que 50x10 igual a 500 votos...
Os seus apaniguados vieram em sua defesa
afirmando que já António Costa, enquanto Ministro dos Assuntos Parlamentares, tinha chamado a si uma proposta destas que depois não foi para a frente.
A Constituição prevê, como se sabe, limites máximos e mínimos
para o número de deputados entre 180 e 230 logo, a proposta em si é legal e nada
tem de escandalosa.
Escandaloso é o momento em que ela é falada,
não proposta como já vimos, a 8 dias da eleição das primárias do partido numa
tentativa de explorar o “ódio” do Zé Povinho aos políticos, em situações de
grandes dificuldades, para caçar votos dos descontentes.
E esta “arma” de arremesso para obter votos
vem exactamente de um político que nunca fez outra coisa que não fosse, rigorosamente, política, baixa política, e que é líder da segunda maior bancada parlamentar.
Um dos maiores problemas do
nosso país radica nos partidos políticos, nas suas estruturas, recrutamento, ascensão, e nos deputados da nossa Assembleia, não
pelo facto de serem poucos ou muitos, mas por serem de fraca qualidade ou não
estarem verdadeiramente interessados em defender os interesses dos cidadãos.
Portanto, este é um assunto muito sério que
deve ser estudado com profundidade pelo Parlamento no que respeita ao número e às
incompatibilidades dos deputados.
Vê-lo ser assim utilizado desta forma oportunista,
demagógica e populista “arrepia-me os cabelos”, confrange-me e amedronta-me porque mais uma vez percebemos o risco de um país frágil, em grandes dificuldades, com
fulanos deste qui late à espera que
ele lhes caia nas mãos.
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