segunda-feira, dezembro 22, 2014

Cristiano Ronaldo




















Sou fã do Cristiano Ronaldo, eu e mais sei quantos milhões por esse mundo fora pelo que não constitui qualquer tipo de surpresa.

Cristiano fez-se na Academia do meu Sporting e essa foi logo a primeira razão para gostar dele mas não aqueceu lugar, logo marchou para o Manchester United e em boa hora porque não podia ter tido melhor destino para o seu futuro.

Já lá vão uns bons anitos mas a partir daí tenho-o perseguido todas as semanas através dos meus canais da TV Sport e ao longo do tempo nunca me desiludiu.

As suas cavalgadas pelo rectângulo verde e os seus golos disparados de todo o lado quais mísseis teleguiados mereceram a progressiva admiração de todo o mundo do futebol, adeptos ou não do seu clube.

A capacidade e porte atlético, o seu empenho no jogo e espírito de liderança fizeram dele, não o mais habilidoso jogador de futebol do mundo, mas sem dúvida o mais completo, campeão em golos e assistências para os seus colegas.

Mas ontem ele excedeu-se, não por ter sido Campeão do Mundo de Clubes de Futebol mas por ter dado uma lição de personalidade e carácter porque “quem não se sente não é filho de boa gente”, ao passar olímpicamente pelo Presidente da UEFA, Michel Platini, sem esperar respeitosa e educadamente pela sua vez para o cumprimentar, na cerimónia que teve lugar após o jogo.

Michel Platini “não é flor que se cheire” e Ronaldo tem uma especial razão de queixa contra ele porque apesar de ser o primeiro responsável pelo Futebol a nível europeu - Presidente da UEFA-  não se coibiu de tomar partido por um jogador alemão para a eleição do melhor jogador de 2014 numa disputa em que está Ronaldo, Messi  e o guarda-redes alemão Neuer, que brilhou no último Campeonato do Mundo no Brasil.

Este Michel Platini que foi um belíssimo jogador de futebol no seu tempo, lembro-me bem dele por ter marcado um golo decisivo contra Portugal, deu agora em lamber as botas aos alemães promovendo os seus jogadores, coitadinhos dos alemães que estão muito carentes de quem lhes afague o ego...

Em 1985, numa final europeia de futebol, precedida de uma tragédia em que morreram trinta e nove adeptos da  Juventus esmagados pela queda de um muro devido à investida dos adeptos do Liverpool antes do apito inicial, o jogo, que não devia ter-se realizado, terminou com a vitória da Juventus por 1-0, golo de penalti.

Este golo foi festejado exuberantemente aos berros pelo seu marcador não obstante as circunstâncias de dor e de luto pela morte de tantos adeptos, razão de ser do espectáculo do futebol, ocorrida duas horas antes.

Por muito menos já vi eu Ronaldo ficar silencioso e em respeito depois de ter marcado um golo.

Ah, o tal jogador que festejou exuberantemente o golo que marcou e minutos depois ser campeão, indiferente ao pesar de tantas pessoas que sofriam naquele momento pela morte de entes queridos, familiares, amigos ou simples adeptos, foi, por coincidência, Michel Platini mais preocupado com a sua efémera glória pessoal.

Ainda bem que Cristiano Ronaldo, ontem, na cerimónia do fim do jogo não o cumprimentou. Foi mal educado e ainda bem que o foi... para mim aquilo soube-me a Golo!!!... de..... Cristiano Ronaldo!

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