Sou fã do Cristiano Ronaldo, eu e mais sei quantos milhões por esse mundo fora pelo que não constitui qualquer tipo de surpresa.
Cristiano fez-se na Academia do meu Sporting e essa foi logo a
primeira razão para gostar dele mas não aqueceu lugar, logo marchou para o
Manchester United e em boa hora porque não podia ter tido melhor destino para o
seu futuro.
Já lá vão uns bons anitos mas a partir daí tenho-o perseguido todas as
semanas através dos meus canais da TV Sport e ao longo do tempo nunca me
desiludiu.
As suas cavalgadas pelo rectângulo verde e os seus golos disparados de
todo o lado quais mísseis teleguiados mereceram a progressiva admiração de todo
o mundo do futebol, adeptos ou não do seu clube.
A capacidade e porte atlético, o seu empenho no jogo e espírito de
liderança fizeram dele, não o mais habilidoso jogador de futebol do mundo, mas sem
dúvida o mais completo, campeão em golos e assistências para os seus colegas.
Mas ontem ele excedeu-se, não por ter sido Campeão do Mundo de Clubes
de Futebol mas por ter dado uma lição de personalidade e carácter porque “quem
não se sente não é filho de boa gente”, ao passar olímpicamente pelo Presidente
da UEFA, Michel Platini, sem esperar respeitosa e educadamente pela sua vez para
o cumprimentar, na cerimónia que teve lugar após o jogo.
Michel Platini “não é flor que se cheire” e Ronaldo tem uma especial
razão de queixa contra ele porque apesar de ser o primeiro responsável pelo
Futebol a nível europeu - Presidente da UEFA- não se coibiu de tomar partido por um jogador alemão
para a eleição do melhor jogador de 2014 numa disputa em que está Ronaldo,
Messi e o guarda-redes alemão Neuer, que
brilhou no último Campeonato do Mundo no Brasil.
Este Michel Platini que foi um belíssimo jogador de futebol no seu
tempo, lembro-me bem dele por ter marcado um golo decisivo contra Portugal, deu
agora em lamber as botas aos alemães promovendo os seus jogadores, coitadinhos dos
alemães que estão muito carentes de quem lhes afague o ego...
Em 1985, numa final europeia de futebol, precedida de uma tragédia em
que morreram trinta e nove adeptos da Juventus esmagados
pela queda de um muro devido à investida dos adeptos do Liverpool antes do
apito inicial, o jogo, que não devia ter-se realizado, terminou com a vitória
da Juventus por 1-0, golo de penalti.
Este golo foi festejado exuberantemente aos berros pelo
seu marcador não obstante as circunstâncias de dor e de luto pela morte de
tantos adeptos, razão de ser do espectáculo do futebol, ocorrida duas horas
antes.
Por muito menos já vi eu Ronaldo ficar silencioso e em
respeito depois de ter marcado um golo.
Ah, o tal jogador que festejou exuberantemente o golo que
marcou e minutos depois ser campeão, indiferente ao pesar de tantas pessoas que
sofriam naquele momento pela morte de entes queridos, familiares, amigos ou simples
adeptos, foi, por coincidência, Michel Platini mais preocupado com a sua efémera glória pessoal.
Ainda bem que Cristiano Ronaldo, ontem, na cerimónia do
fim do jogo não o cumprimentou. Foi mal educado e ainda bem que o foi... para
mim aqui lo soube-me a Golo!!!... de..... Cristiano
Ronaldo!
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home