O Natal está à porta e o Novo Ano vem logo a seguir
deixando para trás de si um Velho Ano de extraordinários e impensáveis
acontecimentos neste nosso Portugal.
Iremos perguntar, depois de tudo o que
aconteceu em 2014, o que nos reserva o 2015. Para já é um ano de eleições e nós
temos experiencia de que eles são de enganosas facilidades para a caça ao voto
num processo em que já todos devíamos estar calejados.
Se tivermos um petróleo a preços invulgarmente baixos
por muito mais tempo talvez haja margem para umas “flores”mas é um mercado tão
volátil como a própria gasolina pelo que nada nos garante que não seja “sol de
pouca dura”... mas “enquanto o pau vai e vem folgam as costas”.
O país viu-se livre, neste ano que está a acabar, da troyka numa saída
anunciada seguida de visitas periódicas para nos dizer que perdemos o fôlego nos sacrifícios, e que as reformas do Estado continuam a aguardar, e que
lhes pareceu muito mal aquela coisa de termos subido o salário mínimo... gaita que já
começa a ser perseguição!
Quem saiu também com estrondo e sem se fazer anunciar
foi a família Espírito Santo que se revelou uma cambada de parasitas que recebiam
milhões só por serem da família sugando o país, já de si espremido até ao tutano,
de uma maneira perfeitamente criminosa.
O Novo Banco apagou o nome proscrito e aguarda um novo
dono que pior do que o anterior não poderá ser... e a vida continua num país
mais arejado, saudável e com mais oportunidades para todos.
O que se segue são os casos de justiça de que os
portugueses vão acabar por se cansar porque se sabe quando começam mas não
quando terminam e a pergunta que agora fazem é:
- Terá Ricardo
Salgado dinheiro suficiente para fugir à cadeia agora que ficou isolado com
todo o resto da família e por quem trabalhou com ele a apontar-lhe o dedo
acusador como único responsável por tudo quanto aconteceu?
E o Sócrates será culpado?
Realmente, em ano de eleições, ele foi a prenda
colocada no sapatinho de Passos Coelho mas ainda não reflectida nas últimas
sondagens para as legislativas do próximo ano.
António Costa tenta passar incólume: “política é política,
justiça é justiça - diz ele - mas para não desagradar aos “gregos” já anunciou que vai
visitar o amigo na prisão em Évora, como lhe pertence.
A coligação faz-se de forte e Passos Coelho até já diz
que não precisa do Paulo Portas para ganhar as eleições porque está fiado na
sua estratégia de amedrontamento dos portugueses com a “política despesista da
tralha socrática” que levou o país à banca rota e foi responsável por todos os
sacrifícios que ele, em missão patriótica, teve de levar a cabo...
Mas Passos Coelho, embora tenha herdado uma situação
difícil para a qual também contribuiu, não esteve á altura porque lhe falta
dimensão política, por muitas poses que adopte.
O seu clímax, jamais o esqueceremos, foi a célebre T.S.U.
– Taxa Social Única – em que os trabalhadores portugueses suportariam sozinhos
a totalidade dos descontos para a Segurança Social que é, como para todos é
evidente, repartida por empregados e empregadores... e o país ia vindo abaixo.
As pessoas saíram à rua numa manifestação que não se via
desde o 25 de Abril, não com palavras de ordem de sindicalistas à frente de
braço dado desfilando. Não, foi uma manifestação silenciosa, de ódio, desprezo,
raiva contida por um político que comentaria a medida desplicentemente, à saída de
um espectáculo de homenagem ao Paulo de Carvalho em que também fez coro a
cantar a Nini, ele, que esteve para ser cantor...
Espero que os meus concidadãos nas próximas eleições
de Outubro não esqueçam o que então sentiram nessa manifestação.
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