terça-feira, janeiro 20, 2015

Presidente do Banco Central Europeu
O Sr. Mário Draghi



















Mário Draghi é o Presidente do Banco Central Europeu e aquele que mais influencia as decisões que têm a ver com dinheiro, como é natural.

Neste aspecto, os europeus esperam mais dele do que de Junkers, o luxemburguês Presidente da Comissão Executiva, para ajudar a resolver esta situação de crise face ao impasse em que se encontra a economia.

As expectativas de crescimento económico continuam a baixar relativamente às que recentemente foram feitas, especialmente nos países periféricos onde se encontra Portugal e assim, derrapa o desemprego, a qualidade de vida e o afastamento dos cidadãos dos partidos tradicionais incapazes de solucionar a situação.

Vai daqui, o Sr. Mário Draghi, que sente a responsabilidade do seu cargo e, provavelmente, já está farto de obedecer á Srª Merkel e aos alemães dos partidos que a suportam, resolveu fazer aquilo que há 2 ou 3 anos atrás era desejado mas que estava completamente de parte:

 - Comprar Dívida Soberana aos países endividados para que mais dinheiro possa ser injectado na economia. Espera-se que na próxima 5ª Fª essa decisão venha a ser tomada pelo Banco Central.

Isto é possível porque as instituições europeias, recentemente eleitas, têm vindo a ganhar força e começam a querer equilibrar o poder da Alemanha porque, apesar de tudo, as regras de funcionamento são democráticas.

A Alemanha vai votar contra e conseguiu garantir que, se as coisas correrem mal, ela fica fora do prejuízo.

Os alemães não conseguem libertar-se do trauma da inflacção que noutros tempos atingiu o marco, de tal forma que, diziam, se forrava paredes com ele. Sabe-se que essa situação conduziu à ascensão do Hitler e à 2ª G. G. M.

Estes receios são compreensíveis mas também há outra explicação mais próxima e comezinha: a Alemanha é o país mais exportador da Europa e quer continuar a vender os seus produtos num euro forte e valorizado.

Ainda não sabemos como irá ser esta “história” da compra da Dívida Soberana e se vêm comprar a nossa que é considerada Lixo e também não sabemos o que vai o Syriza fazer se ganhar as eleições como se espera.

Alexis Tsipras, o seu líder, fala em renegociar, não só a sua dívida, isoladamente, mas a europeia no seu conjunto, mas os países do Norte da Europa não vão aceitar pagar, de um dia para o outro, a dívida dos países do Sul.

 Se houvesse perdão de dívida, dizem os credores, não haveria mais reformas e o problema era apenas empurrado com a barriga, pois assim garantia-se a manutenção de modelos de sociedade fracassados.

Mas, se a situação dos europeus dos países do Sul chegou ao que chegou sem reformas, assim eles dizem, como seria então com reformas, ou mais reformas, que, inevitavelmente, se iriam abater sobre os contribuintes? Será que eles vão ter que pagar com a vida para aprender...? Linda solidariedade...

Mas, suponhamos, que Mário Draghi compra Dívida Soberana... é um mero “supônhamos”, seria que o dinheiro viria mesmo para o bolso das pessoas de forma a estimular o consumo e daí a economia?

Eu já li opiniões de quem tem dúvidas sobre esse desfecho, desconfiando do papel dos bancos nesse processo e sugerindo mesmo que o Banco Central entregasse um cheque de 5.000 euros a cada cidadão activo da Europa comunitária... o que diz bem do grau de desconfiança que hoje existe sobre os “descaminhos” dos dinheiros.

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