a Austeridade...
Aproxima-se
para a Grécia o fim da austeridade tão reclamada e desejada pelos gregos em múltiplas
manifestações na Praça, em frente do Parlamento.
Com
o fim do programa de ajustamento que melhor devia chamar-se de “programa de
abalroamento” a Grécia está a chegar ao fim da austeridade imposta de fora,
pelos credores oficiais, aos quais o governo grego se prepara para não pagar
mais, ao fim de anos que Tsipras considera terem sido de “pilhagem”, e se os
credores ficarem agora a “ver navios” relativamente aos seus dinheiros, não farão
mais do que provar do seu próprio veneno.
De
resto, o próprio Sirysa, só aparece como interlocutor da Grécia porque o tal “programa
de abalroamento” com uma queda de 25% do PIB, trouxe tão más e desastrosas
consequências para os gregos que eles, em desespero, acabaram por elegê-los.
A
austeridade, agora, irá continuar, agravar-se eventualmente, mas por conta própria
sem humilhações à mistura.
Martinwolf,
comentador chefe de economia do Financial Times, diz:
- “Há
quem argumente que a Grécia, pelo menos, ficaria muito melhor depois de um “defaulte”
de saída. E de facto, teoricamente, é possível que um incumprimento com os seus
credores públicos combinado com a introdução de uma nova moeda, uma grande
desvalorização – acompanhada de sólidas políticas monetárias e orçamentais - ,
a manutenção de uma economia aberta, reformas estruturais e melhoria das
instituições, marcariam uma reviravolta para melhor.
Isto,
na melhor das hipóteses... provavelmente, o que irá acontecer é um período de
crise e, no pior cenário, o aparecimento de um Estado falhado.
Irá
estar o Ciryza à altura do que aí vem?
Os
europeus, mesmo que queiram, não podem afastar-se da Grécia. Ela está lá,
estrategicamente localizada e a relação vai continuar.
Foi
um casamento monetário feito à pressa e mal que, a acabar, termina como
começou, mal.
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