quinta-feira, junho 18, 2015

Terminou

a Austeridade...


















Aproxima-se para a Grécia o fim da austeridade tão reclamada e desejada pelos gregos em múltiplas manifestações na Praça, em frente do Parlamento.

Com o fim do programa de ajustamento que melhor devia chamar-se de “programa de abalroamento” a Grécia está a chegar ao fim da austeridade imposta de fora, pelos credores oficiais, aos quais o governo grego se prepara para não pagar mais, ao fim de anos que Tsipras considera terem sido de “pilhagem”, e se os credores ficarem agora a “ver navios” relativamente aos seus dinheiros, não farão mais do que provar do seu próprio veneno.

De resto, o próprio Sirysa, só aparece como interlocutor da Grécia porque o tal “programa de abalroamento” com uma queda de 25% do PIB, trouxe tão más e desastrosas consequências para os gregos que eles, em desespero, acabaram por elegê-los.

A austeridade, agora, irá continuar, agravar-se eventualmente, mas por conta própria sem humilhações à mistura.

Martinwolf, comentador chefe de economia do Financial Times, diz:

- “Há quem argumente que a Grécia, pelo menos, ficaria muito melhor depois de um “defaulte” de saída. E de facto, teoricamente, é possível que um incumprimento com os seus credores públicos combinado com a introdução de uma nova moeda, uma grande desvalorização – acompanhada de sólidas políticas monetárias e orçamentais - , a manutenção de uma economia aberta, reformas estruturais e melhoria das instituições, marcariam uma reviravolta para melhor.

Isto, na melhor das hipóteses... provavelmente, o que irá acontecer é um período de crise e, no pior cenário, o aparecimento de um Estado falhado.

Irá estar o Ciryza à altura do que aí vem?

Os europeus, mesmo que queiram, não podem afastar-se da Grécia. Ela está lá, estrategicamente localizada e a relação vai continuar.

Foi um casamento monetário feito à pressa e mal que, a acabar, termina como começou, mal.


Site Meter