domingo, agosto 02, 2015

Largo do Seminário com a Igreja da Sé ao fundo.
Hoje é 
Domingo


(Na minha cidade de Santarém em 2/8/15)







A minha alma veste-se de luto e a minhas cara cora de vergonha perante o comportamento de certas pessoas com os animais.
Nós até somos uma espécie privilegiada e, no entanto, matamo-nos uns aos outros desde quando por cá andamos... problema de humanos.
No entanto, dois casos agora ocorridos que, infelizmente não são nenhuma novidade, mas apenas porque hoje deparei com eles nas notícias, voltaram a abrir esta  ferida:
- Nas deslocações para férias no Algarve alguns automobilistas param na auto estrada e abandonam os cães que trazem consigo condenando-os a uma morte por atropelamento ou à fome;
- Um caçador no Zimbabwe matou o Jericho, um mês depois, de outro caçador ter morto o Cecil.
Ambos os leões eram irmãos e chefes de uma família de leões, pais de leõezinhos que transportavam os seus genes.
Sem os pais, guardiões da prole, outros leões das redondezas, vão cobiçar as leoas suas mães que ficaram viúvas e, para as conquistarem, vão matar os filhos.
É assim que funciona a sociedade dos leões. As leoas mães enquanto têm filhos pequenos não entram em cio e nada alterará isto que é sabido por um Estado que devia proteger e defender os seus grandes animais selvagens.
Em vez disso, vende aos estrangeiro o direito de os assassinarem e depois tem a distinta lata e profunda hipocrisia de escrever na comunicação social:... “é com grande desgosto e tristeza que acabamos de ser informados que Jericho, irmão do leão Cecil, foi morto às 16H00. Estamos de coração partido”.
Parece que os dois irmãos não estavam bem informados dos limites do Parque Nacional Hwange onde a sua vida estaria protegida, e deixaram-se enganar sobre o local para onde foram levados, intencionalmente, para poderem ser mortos dentro da lei, de acordo com a Licença (50.000 dólares) que foi vendida ao turista...
Os cães abandonados na auto-estrada não deixam troféus para pendurar na parede e é pena porque o remorso que devia ser sentido, se essas pessoas tivessem um pingo de sensibilidade, impressionaria ainda muito mais.
Não posso esquecer o “Amarelo” que há mais de 10 anos encontrei na rua, na Praceta onde morava, quando saía de casa.
Se a tristeza espelhada nos seus olhos fizesse barulho ninguém iria poder descansar naquele bairro... Tinha sido ali abandonado e a sua desorientação era total.
Adoptámo-lo. Uma vizinha minha condoeu-se e tratou dele com os outros dois cães que já tinha, eu e a minha mulher suportámos as despesas e ele ficou ali, na Praceta, transformada na sua casa contra a vontade de um outro vizinho que tudo fez para que a brigada da Câmara o viesse buscar para o canil embora eu nunca o tivesse ouvido ladrar, afogado na tristeza que nunca o largou pela vida fora.
Falem-me do respeito de uma pessoa pelos animais, sem pieguices parvas, e eu direi que tipo pessoa ela é...

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