Eles entenderam-se |
Já há
acordo
Quem o disse foi António Costa, ontem na televisão, e o derrotado
das eleições de 4 de Outubro passado, prepara-se agora para ser o novo 1º
Ministro mostrando ao país, que digam o que disserem, os votos dos portugueses
elegem deputados que representam partidos e não mais do que isso.
É este o regime político em que vivemos: o poder encontra-se na
Assembleia da República, pelos entendimentos que ali se formam entre os
partidos representados pelos deputados que são eleitos pelo povo em nome dos seus
partidos.
A Constituição, neste aspecto essencial, nunca mudou desde que nos
rege, mas aqui lo que verdadeiramente
ela é, só agora o foi..., e o espanto estampou-se na cara dos portugueses, que não
de António Costa, dos poucos a perceber que a vida muda com os tempos, as
pessoas evoluem, e quarenta anos são mais do que aqueles que muitos jovens políticos
com funções importantes nos seus partidos, possuem de idade.
A direita procura minar o acordo à esquerda mas, resignada, já vai
dizendo que Passos Coelho “está pronto para liderar a oposição na Assembleia”, e
Nuno Magalhães afirma que “Portas será uma mais-valia no Parlamento.
Francisco Assis, auto-candidato a sucessor de Costa, chefe dos desalinhados
do partido socialista contra este acordo à esquerda, contou as espingardas mas
promete: “não vou alimentar guerrilhas no PS”.
Parece, assim, que está tudo pronto para começar o momento histórico
em Portugal: um governo socialista com apoio maioritário na Assembleia da República
do BE e do PCP.
Ficará a faltar a indigitação de António Costa para 1º Ministro
que compete ao Presidente da República, que está de saída do seu 2º e último
mandato e que seria a última esperança de Passos e Portas se tivesse alguma
alternativa... mas não tem e, sendo assim, o que falta serão pró-formas.
Sairá com uma mágoa no coração, ele, que é um homem de direita que nunca mereceu a carreira política que teve, vai sair depois de investir um governo de esquerda com o apoio dos comunistas...
A vida em Portugal vai ganhar aspectos diferentes, mais
interessantes e esperançosos, e é completamente falacioso perguntar “se foi
isto que o povo qui s”.
O povo expressou a sua vontade no momento em que, livremente, no
local da urna, em solidão, fez a cruzinha no Boletim de Voto.
Esta é a nossa
democracia e... ponto final.
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