sábado, janeiro 09, 2016

A Coreia do Sul
O Génio Coreano














Ontem falei aqui da Coreia do Norte, do seu regime político ditatorial e paranóico e de um chefe endeusado que trata os cidadãos como um rebanho de súbitos que o seguem e veneram.

Isto é verdade, todo mundo conhece as imagens dessa veneração, das paradas, dos militares ridiculamente medalhados da cabeça aos pés, dos posteres e retratos  de dimensões anormais com as caras do filho, Kin Junh-Un e do pai, fundador do regime, Kim Il Sung... tudo isto é verdade mas não anula o essencial: o génio do povo coreano que está bem expresso a Sul do paralelo 38, na Coreia do Sul.

Com os seus 50 milhões de habitantes, o dobro da do norte, é a 2ª economia mundial, 15º país do índice de desenvolvimento da ONU e está no topo do registo das patentes científicas.

Lideram no desempenho escolar a nível mundial e têm empresas líderes, como a Samsung, Hyundai ou a LG. O meu automóvel, aqui na pontinha da Europa, é um Kia, sul-coreano.

E tudo isto assenta numa base cultural, comum a todo o povo coreano, na tradição confucionista que assenta no trabalho árduo e no apreço pelo conhecimento.

A Norte, é o desaproveitamento destas qualidades por um regime anacrónico que não consegue competir com a democracia pujante do sul e se resguarda num poderio militar que amedronta os vizinhos e serve para alimentar a propaganda interna.

Norte e Sul são hoje inimigos como o eram entre 1950/53 quando estiveram em guerra que terminou com a separação definitiva por uma linha traçada no terreno sobre o paralelo 38.

Quando, do espaço, se olha de noite para toda a península coreana, a Norte é uma escuridão à excepção de um pontinho de luz, a capital, Pyongyang. A Sul, predomina a luminosidade mais intensa em Seul e Busan.

E, no entanto, quando terminou a colonização Japonesa, a Coreia do norte tinha a quase totalidade da infraestrutura industrial e recursos minerais e mesmo na fase de reconstrução, a vantagem parecia ainda estar do lado comunista.

Quando, no início da década de 60, o Norte ainda ganhava ao Sul, comparando os níveis de vida, ele era aqui, mais baixo do que em algumas nações africanas recém-independentes.

Hoje, é o que se vê: um Norte pobre e um Sul próspero a tal ponto que a reunificação do país é completamente irrealista.

A Norte, a fome dos anos 90 já passou e o regime autorizou que as explorações agrícolas privadas proliferassem, bem como mercados informais.

Há novos prédios, rede de telemóvel e anúncios a carros mas... imagine-se o que poderia ser a Coreia reunificada se todos os cientistas que investem em bombas nucleares se dedicassem a produzir tecnologia que melhorasse a vida das pessoas.

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