O último discurso de
Cavaco
Na
sua última comunicação ao país Cavaco foi igual a si próprio, foi uma síntese
do que tem sido nos últimos anos. Só alguém com uma dimensão saloia começaria a
mensagem falando de si, das suas viagens, dos seus discursos, dos seus
roteiros.
Termina desta forma egoísta dois mandatos em que a sua principal
preocupação era com a sua própria imagem. Foi uma mensagem cheia de "eus" como se
ele fosse a síntese e o centro dos portugueses.
De caminho aproveitou para mais uma vez afirmar
o seu discurso ideológico na tentativa de o considerar uma bandeira nacional,
ignorando que os portugueses ainda recentemente lhe disseram não. O país ficou
a saber que os portugueses atribuem as culpas ao Estado.
Aquele que transformou
o Estado numa espécie de versão tuga do Estado soviético diz agora que os
portugueses «pedem
apenas que o Estado crie condições para que possam desenvolver o seu trabalho
e, depois, que os poderes públicos não estabeleçam entraves à sua actividade,
desde a criação de emprego e riqueza até à defesa do património e do ambiente,
passando pela inovação social e tecnológica.» Enfim, é preciso muita lata.
A comunicação chegou mesmo a roçar o ridículo, como quando comparou os retornados de África aos refugiados de hoje e ultrapassou os limites da lucidez quando sugeriu que ele é que conhece bem Portugal e os portugueses chegando ao ponto de dizer que os jornalistas não conhecem o país, como se as suas viagens e roteiros tivessem sido escapadelas secretas. Enfim, Cavaco escolheu esta ocasião para não restassem dúvidas sobre quem é.
O Jumento
Nota:
Este homem, o Cavaco, parece ter sido um erro de casting mas... será que foi mesmo? - Eleito quatro vezes pelo povo como 1º Ministro e Presidente da República, parece-me mais o líder, feito e concebido, à imagem e semelhança do povo que teimou em elegê-lo, também ele, maioritàriamente, sonso, manhoso e saloio, como o Chefe que escolheu.
Será que o povo agora, que o despreza na hora da despedida, aprendeu? - Terá ele sido vítima das circunstâncias na escolha que fez?
De qualquer maneira, no próximo dia 26, ver-nos-emos livres de tal personagem e nenhum dos que lhe pode suceder tem qualquer semelhança.
Cavaco foi único e irrepetível...
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