quarta-feira, janeiro 06, 2016


O último discurso de 

Cavaco

















Na sua última comunicação ao país Cavaco foi igual a si próprio, foi uma síntese do que tem sido nos últimos anos. Só alguém com uma dimensão saloia começaria a mensagem falando de si, das suas viagens, dos seus discursos, dos seus roteiros. 

Termina desta forma egoísta dois mandatos em que a sua principal preocupação era com a sua própria imagem. Foi uma mensagem cheia de "eus" como se ele fosse a síntese e o centro dos portugueses.


De caminho aproveitou para mais uma vez afirmar o seu discurso ideológico na tentativa de o considerar uma bandeira nacional, ignorando que os portugueses ainda recentemente lhe disseram não. O país ficou a saber que os portugueses atribuem as culpas ao Estado.

Aquele que transformou o Estado numa espécie de versão tuga do Estado soviético diz agora que os portugueses «pedem apenas que o Estado crie condições para que possam desenvolver o seu trabalho e, depois, que os poderes públicos não estabeleçam entraves à sua actividade, desde a criação de emprego e riqueza até à defesa do património e do ambiente, passando pela inovação social e tecnológica.» Enfim, é preciso muita lata.

A comunicação chegou mesmo a roçar o ridículo, como quando comparou os retornados de África aos refugiados de hoje e ultrapassou os limites da lucidez quando sugeriu que ele é que conhece bem Portugal e os portugueses chegando ao ponto de dizer que os jornalistas não conhecem o país, como se as suas viagens e roteiros tivessem sido escapadelas secretas. Enfim, Cavaco escolheu esta ocasião para não restassem dúvidas sobre quem é.

O Jumento



Nota: 

Este homem, o Cavaco, parece ter sido um erro de casting mas... será que foi mesmo? - Eleito quatro vezes pelo povo como 1º Ministro e Presidente da República, parece-me mais o líder, feito e concebido, à imagem e semelhança do povo que teimou em elegê-lo, também ele, maioritàriamente, sonso, manhoso e saloio, como o Chefe que escolheu.

Será que o povo agora, que o despreza na hora da despedida, aprendeu? - Terá ele sido vítima das circunstâncias na escolha que fez?

De qualquer maneira, no próximo dia 26, ver-nos-emos livres de tal personagem e nenhum dos que lhe pode suceder tem qualquer semelhança.

Cavaco foi único e irrepetível...


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