Paulo Rangel. Agora está magro. Comanda as hostes lá fora contra Costa |
Os Ricos
que
paguem a
crise....
O combustível dos carros vai aumentar, os fumadores vão
pagar mais, o imposto sobre a compra dos automóveis vai subir, os Fundos
Imobiliários passarão a pagar IMI, o imposto de selo sobre o crédito ao consumo
também aumenta, tal como a contribuição fiscal sobre a banca. O Iva da
restauração desce mas não sobre o vinho que é bebida de ricos...
Será que tudo isto significa que são eles, os ricos,
que agora, daqui para a frente, irão
pagar a crise?...
Não, os verdadeiros ricos, que são poucos, estão fora
destas guerras. Os ricos, neste país, são as pessoas da classe média, as que têm
carro e consomem. Não há outros e sempre foi assim, mais ou menos, com
variantes, ao longo dos tempos.
E agora, que temos um governo de esquerda, continuamos
a pedir à classe média, àqueles que têm qualquer coisa para ajudarem os que
ainda têm menos, o que parece ser uma opção da mais elementar justiça social.
A nossa direita, que está cheia daqueles que são “menos
médios”, cá dentro e lá fora, mexeu-se, pressionou e até se assistiu à
tentativa do Presidente do PPE, o alemão Manfred Weber, de tentar convencer o
Parlamento Europeu de que em Lisboa reina um bando de extremistas europeus, no
que foi logo secundado por esse deputado pequenino e complexado que se veste de
camuflado da cabeça aos pés para parecer um guerreiro temível, e que dá pelo
nome de Paulo Rangel.
Estou certo de que este Orçamento vai passar no
Parlamento Europeu, que as metas exigidas vão ser cumpridas porque não temos
alternativa... mas o sinal ficou dado. De um Passos Coelho obediente e submisso
passamos a uma outra fase em que se resiste e protesta.
Claro que António Costa não vai acabar com a
austeridade, no máximo ele está tentando aliviar da austeridade os mais pobres
e frágeis, à custa dos que têm mais alguma coisa.
A austeridade, nunca acabará de um dia para o outro e
o único caminho para lá chegar é o aumento de uma forma sustentada e progressiva da
produção da riqueza.
Fora disto, são falácias, visões do deserto, miragens,
como aquela que eu tive quando abordei a cidade de Malange, vindo do deserto e
me fez pensar que estava a ver Nova York.
Costa sabe isto perfeitamente mas ter preocupações
acrescidas com os mais desprotegidos não é nenhum acto visionário.
Certos economistas podem defender que, no longo prazo,
colocar mais recursos financeiros e facilidades a favor dos que podem criar
riqueza, deixando cair os outros, os que apenas pedem para não os deixarem
morrer sem assistência, é uma opção mais acertada para o futuro.
Não sei se estes dois braços da balança funcionam
assim. De qualquer maneira, mesmo que assim fosse, há princípios e valores
humanos de justiça social que devem ser prioritários
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