sexta-feira, março 11, 2016

A muito falada sopa vichyssoise
Criador de

Factos Políticos
















Uma das acusações que pesa sobre o Prof. Marcelo era a de “criador de factos políticos”.

Por outras palavras, ele inventava factos ou acontecimentos que passava a  outros como tendo sido realidade.

Marcelo, pelo seu destaque no PSD e na política partidária portuguesa, era uma riquíssima fonte de informações que o tornavam escutado pelo seu amigo Paulo Portas, Director do Jornal “O Independente”, especializado em noticias políticas.

Em 1991, Marcelo passa a Paulo Portas uma informação de um certo jantar político, que nunca existiu, com o pormenor delicioso de que a sopa teria sido “vichyssoise”.

Desde então, ficou um ódiozinho de estimação que, perante as referências tão elogiosas ao discurso de investidura do novo Presidente feitas por Paulo Portas, já deverão estar ultrapassadas.

Marcelo, é hoje Presidente da República e a responsabilidade do cargo não lhe permitirá mais partidinhas deste género mas, como toda a gente conhecia esta história da “vichyssoise”, que tinha mais de partida a Paulo Portas, do que outra coisa, não foi por causa dela que não votei nele para Presidente.

Expliquei, na altura, aqui neste blog, que considerava Marcelo a pessoa mais bem preparada para o exercício das funções de Presidente, embora me desagradasse nele um certo fundamentalismo religioso.

No entanto, apesar de não crente, nada tenho contra a moral cristã, ideias muito avançadas para a época de Jesus e das quais sou adepto, acabei por não valorizar a história das rezas a nadar e das missas, herança de família, assunto privado, ponto final.

Se acrescentarmos a essa preparação, o facto de ele ser visita semanal, constante durante anos, da casa dos portugueses, sempre com a mesma simpatia e capacidade de comunicação, que desenvolveu como professor, uma vez tendo decidido candidatar-se a Presidente, a sua eleição não só era certa como inevitável.

Votar em Marcelo era, pois, para mim, “chover no molhado”.

Por isso, votei no Porf. Sampaio da Nóvoa, pessoa de quem fiquei com muito boa impressão, o que foi igualmente sentido pelos portugueses que lhe deram, a ele, candidato desconhecido e sem partido, quase 23% dos votos.

Depois das últimas e frustrantes votações para Presidente da República, com vitórias do inefável Cavaco Silva, para mim erro de "casting", regressei, finalmente, ao fim de dez anos, à alegria da comunhão dos resultados eleitorais com os meus concidadãos.

Espero, esperamos todos, agora que temos na presidência alguém que nos é próximo, visita habitual cá da casa, que Marcelo ponha ao serviço do país a sua prodigiosa imaginação, inteligência e sabedoria, e desenvolva com António Costa, 1º Ministro, e um dos seus melhores alunos na Faculdade de Direito, um trabalho de equipa que nos beneficie a todos, portugueses, apesar dos constrangimentos do país que todos conhecemos.

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