domingo, maio 01, 2016

Santarém
Hoje é Domingo




( Na minha cidade de Santarém em 1/5/16)




















Parece que não somos suficientemente competentes para termos bancos, pelo menos, geridos por nós.

Aqui há uns 25 ou 30 anos, mais ou menos, o que estava a dar era a actividade bancária, e até fazia doer o coração ver encerrar grandes Cafés, tradicionais centros de convívio, em locais centrais das cidades, para ver aparecer no seu lugar agências de bancos.

Agora, julgo que iremos ficar apenas reduzidos à CGD, concentrando nela todo o nosso orgulho e confiança nacionais em matéria de segurança das nossas contas e transacções bancárias.

Os restantes, ficaram ou vão ficando pelo caminho nos últimos anos: BES, BPP, BPN, BANIF, BPI... para desgraça do país que injectou mais de 11 mil milhões em bancos falidos, sem que nenhum desses responsáveis esteja preso, comprovando aquela história de que a maneira mais segura de roubar um banco é ir para seu administrador.

De um desses senhores, o do BPN, José Oliveira e Costa, lembro-me eu, que ouvido na Comissão de Inquérito do Parlamento, entre duas trincadelas numa sandes que mandara vir, e com a boca meio cheia, meio vazia, confessava aos deputados e para a televisão, que o dinheiro lhe provocava volúpia... ou seja, precisamente o mesmo que pôr a raposa dentro do galinheiro a guardar as galinhas!

Do BPP, recordo João Rendeiro, que escreveu um livro e o agitava orgulhoso, à frente da televisão. Recebeu, juntamente com outros dois administradores, 6,4 milhões de euros em 2008, ano em que a instituição faliu. Em Julho de 2015 foi tudo absolvido...

Do “Dono Disto Tudo”, Ricardo Salgado, nem é preciso falar. O homem era um megalómano que corrompia meio-mundo para ganhar nos negócios com o à vontade e sabedoria das pessoas priviligiadas, dotadas por Deus, a quem ele não se esquecia de agradecer na Missa de todos os Domingos, na sua capela particular.

Mandava em toda a gente, os ministros eram seus funcionários, os Chefes de governo temiam-no e respeitavam-no, e as contas Off-Shors, a forma de ele pagar todos esses favores que ele sabia serem-lhe devidos.

Depois destas provas dadas por gestores bancários portugueses, de "competência" e "seriedade", segue agora para Belém, um Manifesto contra a espanholização da banca portuguesa, protestando a concentração do capital espanhol pelo risco que tal representa caso haja um problema de concessão de crédito em Espanha e para o qual Portugal seja arrastado.

Ou seja, cometemos todos os desvarios e desonestidades na gerência dos nossos bancos, cujos clientes foram enganados e roubados escandalosamente, e depois ficamos muito preocupados com o risco que representa a exposição ao capital da banca espanhola em cujo “regaço” os nossos bancos foram cair desamparados...

Site Meter