domingo, junho 12, 2016

Estas são as muralhas da minha cidade de Santarém
Hoje é Domingo
(Na minha cidade de Santarém em 12/6/16)
















Começou o Campeonato de Futebol Europeu, - isto porque, em simultâneo, está a decorrer outro, na América do Sul, - e a França, país anfitrião, ganhou, de forma esperada à Roménia que já foi terra de grandes jogadores..

Vitória esperada, mas difícil, por um a zero, tendo o golo da vitória sido marcado mesmo já no fim do jogo, tal como num outro Campeonato da Europa em que a França, no último minuto, ganhou a Portugal com um golo de Platini.

Ontem, esse golo vitorioso, foi marcado por Dimitri Payet, nome bem menos sonante, jovem nascido na Ilha de Reunião, no Oceano Índico, e que, anteriormente, vendeu roupas numa loja em Nantes, cidade do Norweste de França.

Foi um pontapé de inspiração de pé esquerdo, daqueles que marcam para todo o sempre a vida de um jogador profissional de futebol e que o fez sair em lágrimas do campo, comovido.

O campeonato perdeu um pouco do seu interesse porque se a França era favorita, mais favorita ficou o que, nos leva a pensar, que se as vitórias são obtidas nos últimos instantes dos jogos, talvez o país seja predestinado a ter sorte ao jogo.

Infelizmente, “sorte ao jogo”, “infeliz aos amores”, e assim aconteceu quando cento e trinta dos seus cidadãos foram ceifados da vida por jovens loucos, cruéis e desumanos, que fizeram da morte um motivo das suas vidas.

Mas que têm a ver, vítimas de ataques suicidas com resultados de jogos de futebol, por muito caprichosos que eles sejam? ...

- Nada... nada e tudo!

A vida é um turbilhão em que tudo acontece sem que percebamos muito bem por quê e para quê... terríveis desígnios do acaso em que uma borboleta bate as asas no Brasil e desencadeia-se uma tempestade em Tóquio...

Nós somos apanhados, para o bem ou para o mal, por esta avalanche de acontecimentos, embrulhados e envolvidos como marionetas em sonhos que se fazem e desfazem... pela dificuldade que temos de perspectivar o futuro dos grandes espaços, em que cada um de nós perde sentido e significado pela extraordinàriamente pequenina dimensão que temos.

Suba-se num foguetão ao espaço sideral e olhe-se, lá de cima, aquele ponto azul cada vez mais longínquo, cá em baixo, até que, finalmente, tudo é infinito.

Que nos resta, então, que não seja  a imaginação, a capacidade sonhar?... quem matou quem, quem ganhou, quem perdeu, que sentido fazem?

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