O político do equilíbrio... |
Não há duas sem
três...
Depois do Brexit, do Erdogran, na Turqui a,
só falta agora a eleição de Trump, nos EUA, que tudo põe em causa, incluindo a
própria NATO, no fim do ano para o pacote das desgraças ficar completo.
O mundo que conhecemos parece que engatou em marcha atrás. A
saída da Inglaterra da Comunidade Europeia provocou danos psicológicos em todos
nós, mais não seja, pela alteração no status-quo que nos apanhou de surpresa. A
Turqui a, aqui
ao lado, a caminho da instalação de uma ditadura islâmica pela mão do Sr.
Erdogan.
Faltará, no fim do ano, a eleição de Trump para Presidente dos
EUA, que eu espero, sinceramente, que não aconteça mas, se acontecer, será o
“fim da macacada”.
A acrescentar a tudo isto, o domínio na Europa das políticas conservadoras
lideradas pelo Sr. Shauble, da Alemanha, de que o Sr. Passos Coelho é fiel
seguidor impondo políticas de austeridade económica que atingem, naturalmente,
os mais frágeis, aqui no Sul, na
margem Mediterrânea.
O pensamento socialista democrático, parece debater-se em agonia
asfixiado pelas forças dominantes de direita das quais, a geringonça do nosso
amigo António Costa, em quem votei, com apoio do PCP e Bloco de Esquerda, é uma
experiência isolada.
Lá vai, no entanto, com a habilidade negocial que o caracteriza,
conseguindo a confiança progressiva dos portugueses, negociando com Bruxelas, à
direita e os partidos à esquerda que o apoiam, numa ginástica em que é perito,
arriscando-se numas próximas eleições, a retirar Passos Coelho do lugar de líder
do partido mais votado.
Passos Coelho não teria estes problemas. Da linha política de
Cavaco Silva, o tal que sabia tudo e nunca se enganava, a sua grande
preocupação, quase obsessão, é recuperar o poder que lhe foi retirado pela
maioria dos deputados na Assembleia da República, e que ele considerou uma
traição, um roubo, a ele, o líder partidário mais votado.
Seguidista da política de austeridade de Merkel e Shauble, faria
uma política obediente, às ordens dos alemães, nunca hesitando entre
elas e os interesses dos seus concidadãos mais pobres.
Lidera e liderará o PSD porque, efectivamente, as forças sociais
conservadoras do país, gostam dele pela confiança que ele lhes dá, confiança
que, António Costa, tem vindo a ganhar ultimamente pela sua ponderação equi líbrio e sensatez.
Falta-lhe ganhar as próximas eleições legislativas...
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