sábado, agosto 20, 2016

Espreitando pela rede...
A Burqa















Burqa, Nicab, Chador, Al-amira e Hijab, são modelos diferentes, do mais rigoroso ao ligeiro, de uma peça de vestuário feminino que lhes cobre o rosto, e o seu uso é da responsabilidade da cultura árabe, que bate aos pontos todas as outras em machismo, domínio, e predominância do homem sobre a mulher, sinal de humilhação, inferioridade e dependência desta.

Não sei, em muitos casos, até que ponto ela, a mulher, não aceita esta sub-alternidade  com orgulho, ou simplesmente com naturalidade, por sentir que a sua posição social é, de facto, inferior à do homem, de acordo com os respectivos usos e tradições que ao longo de gerações foram desenvolvendo e cimentando esses comportamentos.

Neste caso, do ponto de vista da nossa cultura ocidental, a situação será mais grave porque nada se pode fazer quando as situações de desigualdade são assumidas, mais do que consentidas.

Sempre poderemos dizer que, no fim, todos ficam felizes... e eu, que continuo a pensar que a cultura dos povos não deve ser combatida mas sim respeitada, desde que não esteja em causa a integridade e a vida humana, só espero, como está a acontecer, que a situação sofra alteração.

As culturas são como ondas que se movem, evoluem ao sabor dos tempos e, neste momento de globalização que a humanidade vive, a tendência é para uma uniformização de procedimentos onde este não tem lugar porque, concordar com as burqas, ou qualquer outro traje que signifique um estatuto de submissão, descriminação, em suma, de inferioridade, é uma razão de injustiça. 

Sempre fui um admirador da mulher, desde a nossa mãe Eva, há uns sessenta mil anos, quando saímos do continente africano pela última vez - éramos, então, pouco mais de "meia dúzia" e ela a chefe dessa pequena família - pelo seu papel na sociedade, como mãe, educadora, gestora do lar e, em todos estes aspectos, admirador da minha própria mãe, que era o “homem” lá da casa onde nasci e que muito me marcou em criança.

Tudo quanto descrimine a mulher, para além de injusto é prejudicial para a sociedade, uma vez que o seu contributo em plenitude de igualdade, é essencial a todos os níveis.

Em França, nomeadamente em Cannes, Nice e noutras cidades, foi proibida a dissimulação integral do rosto ou o uso de um traje integral para ir à praia, “uma vez que não correspondem ao nosso ideal de relação social”.

Logo apareceu um “fundo financeiro” disponível para pagar as multas das mulheres que não respeitassem esta proibição porque, não sejamos ingénuos, para lá do vestuário estão outros desígnios...

Não esqueço Kadafi, da Líbia, que afirmava que os árabes invadiriam e conquistariam a Europa através dos comportamentos próprios da sua cultura levados pelos emigrantes, mais eficazes do que qualquer guerra.

Há consideração dos governos dos países europeus que recebem imigrantes do norte de África, que serão sempre bem-vindos desde que respeitem os nossos hábitos e valores.

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