Espreitando pela rede... |
A Burqa
Burqa,
Nicab, Chador, Al-amira e Hijab, são modelos diferentes, do mais rigoroso ao
ligeiro, de uma peça de vestuário feminino que lhes cobre o rosto, e o seu uso é
da responsabilidade da cultura árabe, que bate aos pontos todas as outras em
machismo, domínio, e predominância do homem sobre a mulher, sinal de humilhação,
inferioridade e dependência desta.
Não
sei, em muitos casos, até que ponto ela, a mulher, não aceita esta sub-alternidade com orgulho, ou simplesmente com naturalidade, por sentir que a sua posição social é, de facto, inferior à do homem, de acordo com os
respectivos usos e tradições que ao longo de gerações foram desenvolvendo e cimentando esses comportamentos.
Neste
caso, do ponto de vista da nossa cultura ocidental, a situação será mais grave
porque nada se pode fazer quando as situações de desigualdade são assumidas, mais do que consentidas.
Sempre
poderemos dizer que, no fim, todos ficam felizes... e eu, que continuo a pensar que
a cultura dos povos não deve ser combatida mas sim respeitada, desde que não
esteja em causa a integridade e a vida humana, só espero, como está a acontecer, que a situação sofra alteração.
As
culturas são como ondas que se movem, evoluem ao sabor dos tempos e, neste
momento de globalização que a humanidade vive, a tendência é para uma
uniformização de procedimentos onde este não tem lugar porque, concordar com as burqas, ou qualquer outro traje que
signifique um estatuto de submissão, descriminação, em suma, de inferioridade, é uma razão de injustiça.
Sempre
fui um admirador da mulher, desde a nossa mãe Eva, há uns sessenta mil anos,
quando saímos do continente africano pela última vez - éramos, então, pouco mais de "meia dúzia" e ela a chefe dessa pequena família - pelo seu papel na
sociedade, como mãe, educadora, gestora do lar e, em todos estes aspectos,
admirador da minha própria mãe, que era o “homem” lá da casa onde nasci e que
muito me marcou em criança.
Tudo
quanto descrimine a mulher, para além de injusto é prejudicial para a sociedade, uma vez
que o seu contributo em plenitude de igualdade, é essencial a todos os níveis.
Em
França, nomeadamente em Cannes, Nice e noutras cidades, foi proibida
a dissimulação integral do rosto ou o uso de um traje integral para ir à praia,
“uma vez que não correspondem ao nosso ideal de relação social”.
Logo
apareceu um “fundo financeiro” disponível para pagar as multas das mulheres que
não respeitassem esta proibição porque, não sejamos ingénuos, para lá do
vestuário estão outros desígnios...
Não
esqueço Kadafi, da Líbia, que afirmava que os árabes invadiriam e conqui stariam a Europa através dos comportamentos próprios
da sua cultura levados pelos emigrantes, mais eficazes do que qualquer guerra.
Há
consideração dos governos dos países europeus que recebem imigrantes do norte
de África, que serão sempre bem-vindos desde que respeitem os nossos hábitos e
valores.
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