quinta-feira, outubro 27, 2016

Walfgang Schauble










Não se conforma nem desiste desde que Maria Luís foi a Berlim dobrar-se e falar-lhe respeitosamente ao ouvido. 

Reconhecido, continua a desancar nos socialistas portugueses que retiraram do poder a sua amiga.
Pensar-se-ia que Centeno ou Maria Luís, ministros das Finanças em Portugal, seria um problema dos portugueses, mas não é.
Vem a Comissão Europeia, com a autoridade que lhe assiste, afirmar que o nosso OE “parece estar conforme as regras europeias”, e vai o Sr. Schauble, que não está investido de nenhuma autoridade coordenadora das Finanças da Europa, pelo menos oficialmente, dizer publicamente que tem preocupações relativamente à falta de garantias políticas e financeiras por parte do governo de António Costa.
Claro que o Sr. Schauble, lá no íntimo, não gosta muito, nem tem de gostar, do Costa porque ele chefia em Portugal um quadrante político a que o alemão se opõe mas, criticar, com o à vontade e desplante com que o faz, publicamente, cheira a descaramento e a prepotência, tanto mais que um OE, para além de documento técnico é, principalmente, um definidor de políticas e, por isso mesmo, António Costa, tem chamado a atenção da implicação das despesas em apoios sociais neste OE.
Óbviamente que Schauble, tal como Passos Coelho, não têm grandes preocupações com as camadas sociais mais frágeis do país, sempre com atenção desmedida focada nos números como se a vida se resumisse a eles independentemente de tudo o resto, como chamava a atenção Jorge Sampaio.
Não sei se Schauble, limitado por uma cadeira de rodas, tal como o meu avô que eu conheci em jovem, não terá para com os outros, especialmente os mais fracos, atitudes de pequenas maldades, a título de vingança. O meu avô, por exemplo, apertava-me os dedos até fazer doer.
Não consta, no entanto, que tenha sido A. Costa a empurrá-lo escadas abaixo, nem tão pouco Passos Coelho a tentar ampará-lo.
Nós desprezamos sempre, naquilo que estas pessoas são como crescidos e feitas políticos, aspectos de infância ou desgraças acontecidas na juventude mas, o que é facto, e cada um que fale por si, a vida marca-nos para o bem e para o mal.
De qualquer maneira, este tipo de intromissão por parte deste senhor na vida do nosso país é ofensiva dos portugueses. 
Ainda se fôssemos grandes e poderosos... vá que não vá, mas pequeninos e frágeis não revela, sequer, grande coragem... pelo contrário, é sinónimo de cobardia.

Site Meter