terça-feira, outubro 25, 2016

As mães ressuscitavam os filhos...
As Mulheres e a
Ressurreição























Ante a morte injusta e precoce, a ideia da ressurreição é um caminho para transformar a morte dando-lhe um sentido. Quando a morte é prematura e injusta, a mente humana procura esse sentido para a tornar tolerável, aceitável. Em muitas áreas rurais, as famílias pobres que vêem morrer de fome ou de doença os seus filhos pequenos, dizem que "Deus os levou para serem anjos." A dor da perda de um filho ou filha logo se torna mais suportável com essa ideia religiosa.

Em 2005, irmã Dorothy Stang, defensora da vida dos camponeses no Pará, no Brasil, foi morta a mando dos latifundiários. Foi um homicídio culposo. No dia do seu funeral os seus amigos disseram: "Hoje, Dorothy, não vai a enterrar, vai a semear”.

Algo semelhante estava para acontecer com Jesus. E foram as mulheres do movimento de Jesus que não se resignaram com sua morte e que, com suas palavras, desafiaram e quebraram esse limite que lhes era colocado perante uma morte injusta.

Foram elas que testemunharam que ele ainda estava vivo, que afirmaram, resolutas, que ele continuava vivo, na linha das mulheres Macabéias, que inconformadas com a morte precoce dos seus filhos, vítimas da guerra, também acreditavam na sua ressurreição.

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