A intransingência da Igreja |
O PAPA E A EUTANÁSIA
Eluano Englano, vivia em coma
vegetativo desde 1992 quando foi vítima de um acidente e finalmente, após 16
anos em que o pai lutou nos Tribunais para que a sua filha fosse autorizada a
morrer, a Suprema Corte de Itália autorizou a eutanásia, negando recurso para a
sentença que permitiu ao pai não mais alimentar a filha.
Terminaram dezasseis anos durante os
quais o pai, Beppino Englano, carregou a morte da filha que durante todos
aqueles anos sobreviveu à própria morte.
Caritativamente, a Igreja Católica,
comprovando todo o seu sadismo impôs-lhe essa tortura. Se lhe concedessem esse
poder crucificaria, de uma forma ou de outra, todos os seres humanos… desabafou
o Sr. Beppino. De vez em quando perde, graças a Deus...
O Papa Bento XVI então, durante a sua
tradicional reza do Angelus dominical que a eutanásia é “uma falsa solução para
o sofrimento, imprópria do ser humano” e que a verdadeira resposta perante a
dor deve ser o amor”.
É difícil conceber maior cinismo e
hipocrisia… e agora vem uma das grandes falácias: - “Jesus morreu na cruz por
amor. Desta forma ele deu sentido ao nosso sofrimento…” e a ele, sofrimento,
condenou toda a humanidade.
“Foi Deus que nos deu a vida e,
portanto, só ele a pode tirar…”
Com base nesta lógica infalível,
tanta desumanidade por parte deste Deus só tem uma explicação:
- Ele foi concebido à imagem e
semelhança de homens que não eram nem bons nem caritativos, mas
inteligentes e grandes estrategas do poder.
Deixem que vos diga exactamente aqui lo que penso pela boca de Steven Weinberg, com o
peso que lhe advém de ser um físico norte-americano galardoado com o Prémio
Nobel:
- “A religião é um
insulto à dignidade humana. Com ou sem ela, haveria sempre gente boa a fazer o
bem e gente má a fazer o mal. Mas é preciso a religião para pôr gente boa a
fazer o mal”.
Blaise Pascal disse algo semelhante:
- “Os homens nunca fazem o mal tão completa
e alegremente como quando o fazem por convicção religiosa.”
E se nos
recordarmos de tudo quanto foram e continuam a ser as “guerras santas”,
que ainda hoje colocam alguns países do norte de África a ferro e fogo,
porque uns são xiitas, outros sunitas e outros ainda nem uma coisa nem
outra..., esta afirmação corresponde completamente à verdade.
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