sexta-feira, novembro 04, 2016

Mariana Mortágua
Ai, Costa, Costa...















Quanto mais os teus admiradores e amigos socialistas fazem votos e "figas" para que consigas superar vitorioso o longo e tortuoso caminho que te espera nessa espécie de “combinação improvável” com os teus colegas da chamada extrema esquerda, mais eles te dão pontapézinhos nas canelas. Nada de grave por enquanto...

Vem o Jerónimo - cara envelhecida- e diz- :

- “O PCP não faz favores a ninguém...”

- “Este apoio não será linear...”

A Mariana Mortagua "aperta" com o ministro Mário Centeno, das Finanças com perguntas sobre o Novo Banco...

Mário Centeno, com um enorme currículum académico, que trabalhava no Banco de Portugal e andava fora das lides político-partidárias, preocupado em estudar os efeitos da economia no trabalho, tem um discurso pensado, sincero, mais de carácter científico, se é que a economia é uma ciência, estou a pensar nas exactas.

Eu sou admirador da Mariana Mortágua mas percebo que a sua acutilância política, agressiva mas ao mesmo tempo pensada e serena, dificilmente contempla amigos, parceiros ou aliados que não digam mata quando ela diz esfola.

A sua inteligência e competência ficaram provadas na Comissão de Inquérito Parlamentar ao caso BES, em que desmontou, como nenhum, outro as peças de que ele era montado, na televisão para todos nós ouvirmos.

Conseguirá ela, em algum momento, ser um pouco diferente do que é, poupando o partido que apoia, às suas observações e críticas?...

- Creio que não. Costa contará com o estritamente necessário do que ficou acordado tanto da parte do PCP como do BE.

As mensagens dos respectivos líderes continuará a ser a da intransigência em tudo o que ficou de fora para viabilizar o apoio ao PS que, afinal, é muito pouco porque quase tudo tem repercussões no Orçamento.

No fundo, têm de pensar nas suas clientelas, nas que lhes asseguram os votos quando surgem as eleições. Compreende-se que assim seja.

Nasceram, politicamente, para protestar e vão continuar a protestar para gáudio do Pedro e do Paulo até conseguirem esgotar a enorme paciência oriental característica de António Costa.

Como dizia um célebre general que ficou na história:

 - “Que Deus me proteja dos meus amigos que dos inimigos trato eu”.

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