quinta-feira, novembro 03, 2016

A intransingência da Igreja
O PAPA E A EUTANÁSIA


















Eluano Englano, vivia em coma vegetativo desde 1992 quando foi vítima de um acidente e finalmente, após 16 anos em que o pai lutou nos Tribunais para que a sua filha fosse autorizada a morrer, a Suprema Corte de Itália autorizou a eutanásia, negando recurso para a sentença que permitiu ao pai não mais alimentar a filha.


Terminaram dezasseis anos durante os quais o pai, Beppino Englano, carregou a morte da filha que durante todos aqueles anos sobreviveu à própria morte.

Caritativamente, a Igreja Católica, comprovando todo o seu sadismo impôs-lhe essa tortura. Se lhe concedessem esse poder crucificaria, de uma forma ou de outra, todos os seres humanos… desabafou o Sr. Beppino. De vez em quando perde, graças a Deus...

O Papa Bento XVI então, durante a sua tradicional reza do Angelus dominical que a eutanásia é “uma falsa solução para o sofrimento, imprópria do ser humano” e que a verdadeira resposta perante a dor deve ser o amor”.

É difícil conceber maior cinismo e hipocrisia… e agora vem uma das grandes falácias: - “Jesus morreu na cruz por amor. Desta forma ele deu sentido ao nosso sofrimento…” e a ele, sofrimento, condenou toda a humanidade.

“Foi Deus que nos deu a vida e, portanto, só ele a pode tirar…”

Com base nesta lógica infalível, tanta desumanidade por parte deste Deus só tem uma explicação:

- Ele foi concebido à imagem e semelhança de homens que não eram  nem bons nem caritativos, mas inteligentes e grandes estrategas do poder.

Deixem que vos diga exactamente aquilo que penso pela boca de Steven Weinberg, com o peso que lhe advém de ser um físico norte-americano galardoado com o Prémio Nobel:

 - “A religião é um insulto à dignidade humana. Com ou sem ela, haveria sempre gente boa a fazer o bem e gente má a fazer o mal. Mas é preciso a religião para pôr gente boa a fazer o mal”.

Blaise Pascal disse algo semelhante:

- “Os homens nunca fazem o mal tão completa e alegremente como quando o fazem por convicção religiosa.”

 E se nos recordarmos de tudo quanto foram e continuam a ser as “guerras santas”,  que ainda hoje colocam alguns países do norte de África a ferro e fogo, porque uns são xiitas, outros sunitas e outros ainda nem uma coisa nem outra..., esta afirmação corresponde completamente à verdade. 

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