sexta-feira, dezembro 02, 2016

Ziguezagues de Trump















Desde a sua eleição Donald Trump não tem parado de alterar as suas posições e mudado, aparentemente sem critério, sobre alguns temas mais controversos: afinal o muro entre o México e os E.U.A. já não é urgente, deixou de pensar em perseguir criminalmente Hillary Clinton e até já pondera considerar um pouco a sua recusa em admitir que o planeta está em risco devido às mudanças climáticas.

No fundo, vendo bem as coisas, continua a comportar-se como o promotor imobiliário que foi durante toda a vida: quando se trata de vender o imóvel, diz tudo o que for preciso para convencer o comprador. Depois do negócio concluído, pode dizer o que lhe apetece, porque já alcançou aquilo que queria.

Foi assim, aliás, que nas duas últimas décadas do século passado montou uma das operações que lhe deu maior fama nos E.U:- a organização de combates de boxe nos seus casinos de Atlanta City, roubando o negócio aos concorrentes de Las Vegas.

O momento decisivo foi quando conseguiu o duelo Mike Tyson vs. Michael Spinks, por 11 milhões de dólares (um record para a época).

O que prometia ele? – O melhor combate de sempre, ao nível do célebre Ali vs Frazer.

Ao contrário do que era normal, Trump marcou o duelo para uma 2ª Fª à noite – como forma de fazer prolongar a hospedagem dos espectadores nos seus hotéis por mais dias do que um simples fim-de-semana.

O combate resolveu-se apenas em 91 segundos, dando início à “lenda” Myke Tyson. E só nessa noite os casinos de Trump facturaram mais de 15 milhões de dólares com as apostas dos espectadores no bacará e nas slot machines.

A verdade é que, apesar de todas essas promessas de glória, poucos anos depois a campanha criada por Donad Trump para gerir os negócios de Atlantic City teve que declarar falência.

E passou por este processo mais quatro vezes ao longo de década e meia, acumulando dívidas de milhões de dólares. Sempre nos intervalos, com Donald Trump a prometer que, com ele, Atlanta City voltaria a ser grande outra vez.

É este o jogo que ele volta a jogar, desta vez com a América mas também com o resto do mundo.

Rui Tavares Guedes – Director Adjunto da Visão.




NotaJill Stein, antiga médica internista, com 66 anos, acredita que ele só foi eleito pela interferência de “hockers” internacionais a “mexer” nas máquinas de voto...

David Nunes, português açoriano, de 43 anos, a viver em Washington, foi convidado para a equipa de transição e não teve dúvidas em aceitar. Está optimista, afirmando que "ele não é político mas aprende depressa e vai surpreender muita gente".

Oxalá que sim e seja positiva. 

A minha grande dúvida é se ele sabe que Portugal existe...

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