Manif. anti - Trump |
Aí o temos...
Como se previa, o primeiro embate de popularidade contra o recém-eleito
Presidente dos EUA, foi esmagador. Quase 3 milhões de pessoas em 60 países,
desfilaram manifestando por ele uma antipatia que levanta a dúvida,
compreensível, de saber como é que ele, afinal, foi eleito.
As mulheres, que ele parece insistir em ver como objectos de
adorno e eternas candidatas a Missses, não podem com ele. Confeccionaram gorros
cor-de-rosa enchendo de tal forma avenidas que o desfile foi
impossível por não se poderem mexer.
Tudo pacífico, ordeiro, porque o protesto era simplesmente estarem
lá.
Resta agora saber como é que este mandato que começou com chuva, ou sem chuva, não se sabe bem... vai acabar, pois nunca na
vida da América aconteceu ser eleito um Presidente , à partida, tão “desamado” se é que esta
palavra existe, como este.
Aqueles que pensavam que o Trump candidato, com as suas ameaças,
era diferente do Trump Presidente, já perceberam que ele é exactamente o mesmo, antes e depois.
A sua primeira conferência de imprensa foi um misto de ameaças e
comício com a sua gente a aplaudir quando ele mandava calar um repórter da CNN
ou mandava bocas à CNN.
Insultou, como já aqui
referi, os presidentes anteriores que só por decência e boa educação, que a ele
lhe falta, porque como é milionário não precisa de ser educado, deveriam ter abandonado logo a cerimónia, porque os acusou de se preocuparem
com o seu bem-estar e de nunca terem representado o povo!...
Porque ele – o multimilionário – a quem nunca se conheceu actividade
cívica, que nunca deu a cara por qualquer causa relacionada com a desigualdade,
que não permite acesso às suas Declarações de Rendimentos, que tem um historial
de maltratar empregados e que convidou outros milionários e outros
representantes de cúpula para o seu governo, assevera ser ele o primeiro
verdadeiro representante do povo a ocupar a Casa Branca. É preciso ter lata!...
É aqui que estamos: no
momento em que talvez tenhamos de depositar a nossa última esperança na idéia
de que um poder não democrático vai obviar à loucura do poder democraticamente
eleito.
Obama disse que seria uma vírgula na caminhada da história dos EU
e do mundo.
Esperemos que seja só uma vírgula e não um qualquer outro sinal
ortográfico ainda desconhecido...
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