contra a
“carnificina”...
Nestas coisas da política, pelo menos em termos de discursos, vale
tudo mesmo que seja à custa do mais elementar bom senso dos destinatários.
Trump fez um discurso de posse e perante os presidentes dos últimos
40 anos, except uando Reagan, já
falecido em 2004 e Bush pai, que não assistiu por estar doente, teve o desplante
de afirmar que os triunfos deles não foram os triunfos do povo anunciando até
ter chegado, com ele, o fim da carnificina a que os americanos têm estado
sujeitos com os presidentes anteriores e de quem ele os vem salvar.
Perdeu-se um bom momento para um acidente diplomático histórico
se, pelo menos alguns ex- presidentes, tivessem abandonado a cerimónia.
Se acrescentarmos que estas palavras pertencem a um candidato
eleito que é milionário e que nomeou para o seu governo, para além de generais,
outros milionários como ele, não sobra nenhum respeito pelos cidadãos.
Há quem seja de opinião que a vitória de Trump é filha do medo, o
medo dos outros, do desconhecido, da mudança tecnológica e, vai daí, em vez de
elegerem um Presidente escolhem um patrão que lhes ofereça alguma segurança
contra a ameaça de desemprego...
Com estes “estados de espírito” os discursos populistas são como
manteiga em focinho de cão, lambidos até à ultima gota. Nada há de mais perigoso do que pessoas acossadas e medrosas que
quanto mais receiam mais se expõem.
O medo é útil, ao longo da história da humanidade ter-nos-á salvo
muitas vezes a vida mas agora os riscos que se correm exigem discernimento em
vez de medo.
O mal está feito, Trump foi eleito e de certeza iremos sofrer
mas não aprender com as consequências das suas decisões enquanto presidente e futuro iremos eleger outro Trump
qualquer que nos apareça e eu ainda sou do tempo daquele que era pequenino e usava um ligeiro bigode...
Podemos julgar que a humanidade tem o futuro garantido dado o equi líbrio de forças que se anulam, mas não tem. A China
representa hoje um novo poder, comercial e militar, o que torna estes homens,
grandes, loiros e de melena, que nos caem como moscas na sopa, representarem um
enorme perigo.
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