Primeiro elegem-no e depois protestam?... |
Não há
desculpas...
O
homem não enganou ninguém, não escondeu nem disfarçou olhando mesmo para os
seus concidadãos com desfaçatez, quase em ar de troça.
Ele
tem uma América que é dele, a América dos deslumbrados, que os há em todos os
países e em todos os lados, que gostam deles quanto piores melhores... numa espécie
de vertigem, de atracção pelo abismo, do género daqueles bichinhos que caminham
uns atrás dos outros até caírem todos da rocha abaixo.
Parece
que a humanidade está desinteressada do futuro, cansada de viver e a América, única
grande potencia que existe pode, perfeitamente, desequi librá-la com o seu timoneiro, grande e loiro, boné encarnado na cabeça, na proa do navio,
directo ao choque frontal com o iceberg.
Como
diz Fonseca Ferreira, Obama terá sido um simples ramal que, por muito bom que
tenha sido, teve o azar de nos conduzir a Trump e este é que vai ser investido
como Presidente, por muitas manifestações e desfiles que os americanos façam
dizendo:
- “Este não é o meu Presidente!”
- “Este não é o meu Presidente!”
Trump
não é um homem normal e quem votou nele não se apercebeu que ele não é mesmo
normal.
Há dias,
o Guardian fez o título certo:
- “Deixem
de tomar Donald Trump como um Presidente normal porque ele não o é”.
Ele
irá ser o Presidente que inicia uma nova época, fruto do voto do desespero e
descontentamento, não dos que não tinham nada mas sim daqueles que querem mais ou
diferente.
Até
aqui foi a época do “antes do Trump”
seguir-se-à a de “depois do Trump” sem se saber bem, neste momento, o que será “a
de depois”, perante um fulano que para além de não ser normal é imprevisível.
A
América vai deixar de ser um país decente, sem que tenhamos a certeza que o
sistema que Trump herda, de uma sociedade de honra, princípios e valores, tem
suficientes anti-corpos que funcionem como salvaguarda do que conhecemos e
estamos habituados num país que é a única super-potência do mundo.
Inacreditável
que estejamos na mão de um anormal, perito em concursos de beleza feminina de Misses
Universos e especializado em falências fraudulentas e fuga aos impostos.
Será
que os americanos, lá por terem sido capazes de eleger um Barack Obama, e reelegê-lo,
têm agora o direito de porem à frente do país e do mundo um tipo grande, loiro
e de "melena", reconhecido pela imprensa internacional como anormal?...
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