terça-feira, março 28, 2006

A ETA

  • Cort., Ares, México
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A ETA, no fim da semana passada, escreveu ao governo do Zapatero para informar o povo espanhol que declarava tréguas com carácter permanente pressupondo-se que, finalmente, a partir de agora, o povo espanhol pode dormir mais descansado porque vão deixar de rebentar bombas com aquela proveniência.

A história que vou contar pertence, pois, ao passado quando aquela organização ainda estava em actividade e aconteceu não em território espanhol mas no nosso Portugal, concretamente em Elvas, à porta de um dos vários Restaurantes que ali existem à beira da estrada e onde os “nuestos hermanos” param para comerem da boa e da barata cozinha portuguesa.

À porta de um desses restaurantes desenrola-se um dos muitos dramas que vão tendo lugar por este Portugal fora pois dois clientes que tinham entrado para abastecerem os seus estômagos não encontraram as suas motas, duas belíssimas máquinas de encher o olho e que tinham custado uma pipa de massa.

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Gera-se a natural confusão em que os roubados procuravam obter informações perguntando a toda a gente se tinham visto as motas e quem as teria levado.

Aparentemente ninguém tinha visto nada e todos, em solidariedade com os donos das motas, manifestavam o seu repúdio por esta sociedade que não respeita a propriedade alheia.

Mas a certa altura aproxima-se um alentejano, calmo e vagaroso como são na generalidade os alentejanos e declara de forma arrastada mas solene:

-Eu vi tudo e foi a ETA.

Grande burburinho, imediatamente a polícia local entrou em contacto com a espanhola em Badajoz e passado muito pouco tempo dois carros da polícia aproximavam-se a grande velocidade com as sirenes na sua intensidade máxima para que ninguém se atrevesse a interromper-lhes o caminho.

Pararam com grande chiadeira dos pneus, imediatamente se abriram as portas e uma catrefada de Guardas da polícia Espanhola precipitaram-se para o alentejano que entretanto tinha sido isolado para efeitos de interrogatório.

Perguntado sobre o que vira e ouvira o nosso amigo alentejano, sempre na sua voz calma e arrastada contou:

-Eram dois homens ainda moços que chegaram ao pé das motas, miraram-nas e um deles disse para o outro: eta é para mim e eta para ti, vai daí puseram-nas a trabalhar e foram-se embora.

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