As emoções ou as racionalizações...
A Quadratura do Círculo
Quando algumas pessoas pretendem assumir-se e dar a conhecer como sumamente inteligentes e cultas logo sentem a necessidade de se desviarem do comum dos mortais.
Se a maioria pensa de uma determinada maneira influenciada por aspectos sentimentais da situação logo eles reivindicam para si uma atitude de distanciamento intelectual só possível a seres superiores capazes de ultrapassar o império primário dos sentidos.
Os sentimentos não são bons conselheiros, o pensamento quer-se livre dessas perniciosas influencias que nos tornam como que demasiado humanos e, portanto, primários, atrasados.
Recordo aqui o sorriso de superior desdém com que o Dr. Lobo Xavier nos presenteou quando, a propósito do movimento de solidariedade para com o sargento a cumprir uma pena de seis anos por ter raptado a menina que está a criar com a sua mulher desde os 3 meses de idade, nos fez a todos sentir como cúmplices de um atentado ao Estado de Direito que nos deve reger acima de todos e de tudo sob pena de isto se tornar uma bagunça própria de campesinos analfabetos mas não de gente civilizada.
O Dr. Pacheco Pereira possuidor de uma cultura que, bem repartida, daria à vontade para um milhão de portugueses, demonstrou, com recurso a um caso imaginário “in extremis”, que nada mais pernicioso que abrir precedentes e desviarmo-nos do estrito cumprimento da lei porque o resultado, no futuro, poderia ser catastrófico.
Sozinho, desamparado pelos seus companheiros de debate, por eles acusado de político populista, conquistador de votos fáceis, lá ficou o Dr. Jorge Coelho a bater com a mão no peito e a reafirmar que a sua posição era apenas ditada pelo coração.
Entre aquelas três pessoas tinha-se estabelecido a fractura que os separava: um, tomava o partido da turba ruidosa, da populaça, dos que, em primeiro lugar, se condoem com a criança em detrimento dos enquadramentos legais, os outros dois integram as elites intelectuais, defendem o rigor na aplicação das leis e não embarcam em “histórias de choradinhos” porque os ditos “bonzinhos” também são “manhosos” e o Direito, concebido por mentes brilhantes, não se deixa driblar ou enganar por falsos sentimentalismos que foram sempre a arma dos fracos e simplórios.
Seja qual for o desfecho deste caso continuaremos sempre a ver o sorriso de superior desdém na face do Dr. Lobo Xavier e o ar de assumido intelectual do Dr. Pacheco Pereira.
No fundo, lá bem no fundo, eles estão-se nas tintas para estas coisas que não passam de pequenos casos que têm a ver com o dia-a-dia das pessoas vulgares, anónimas, que não justificam grandes reflexões…importante, importante é a OPA do Sr. Eng. não é verdade Dr. Lobo Xavier?
Quando algumas pessoas pretendem assumir-se e dar a conhecer como sumamente inteligentes e cultas logo sentem a necessidade de se desviarem do comum dos mortais.
Se a maioria pensa de uma determinada maneira influenciada por aspectos sentimentais da situação logo eles reivindicam para si uma atitude de distanciamento intelectual só possível a seres superiores capazes de ultrapassar o império primário dos sentidos.
Os sentimentos não são bons conselheiros, o pensamento quer-se livre dessas perniciosas influencias que nos tornam como que demasiado humanos e, portanto, primários, atrasados.
Recordo aqui o sorriso de superior desdém com que o Dr. Lobo Xavier nos presenteou quando, a propósito do movimento de solidariedade para com o sargento a cumprir uma pena de seis anos por ter raptado a menina que está a criar com a sua mulher desde os 3 meses de idade, nos fez a todos sentir como cúmplices de um atentado ao Estado de Direito que nos deve reger acima de todos e de tudo sob pena de isto se tornar uma bagunça própria de campesinos analfabetos mas não de gente civilizada.
O Dr. Pacheco Pereira possuidor de uma cultura que, bem repartida, daria à vontade para um milhão de portugueses, demonstrou, com recurso a um caso imaginário “in extremis”, que nada mais pernicioso que abrir precedentes e desviarmo-nos do estrito cumprimento da lei porque o resultado, no futuro, poderia ser catastrófico.
Sozinho, desamparado pelos seus companheiros de debate, por eles acusado de político populista, conquistador de votos fáceis, lá ficou o Dr. Jorge Coelho a bater com a mão no peito e a reafirmar que a sua posição era apenas ditada pelo coração.
Entre aquelas três pessoas tinha-se estabelecido a fractura que os separava: um, tomava o partido da turba ruidosa, da populaça, dos que, em primeiro lugar, se condoem com a criança em detrimento dos enquadramentos legais, os outros dois integram as elites intelectuais, defendem o rigor na aplicação das leis e não embarcam em “histórias de choradinhos” porque os ditos “bonzinhos” também são “manhosos” e o Direito, concebido por mentes brilhantes, não se deixa driblar ou enganar por falsos sentimentalismos que foram sempre a arma dos fracos e simplórios.
Seja qual for o desfecho deste caso continuaremos sempre a ver o sorriso de superior desdém na face do Dr. Lobo Xavier e o ar de assumido intelectual do Dr. Pacheco Pereira.
No fundo, lá bem no fundo, eles estão-se nas tintas para estas coisas que não passam de pequenos casos que têm a ver com o dia-a-dia das pessoas vulgares, anónimas, que não justificam grandes reflexões…importante, importante é a OPA do Sr. Eng. não é verdade Dr. Lobo Xavier?
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