O Aeroporto da Ota
O Aeroporto da Ota
Depois de trinta anos de estudos que custaram mais de 14 milhões de euros os portugueses já não sabem o que pensar sobre a localização do novo aeroporto.
A maioria esmagadora dos comentadores, nomes sonantes dos nossos fazedores de opinião, ou estão frontalmente contra esta localização ou, na melhor das hipóteses, entendem que, sem se parar com o processo da Ota, deveriam fazer-se mais estudos a favor de hipóteses alternativas, nomeadamente, no distrito de Setúbal, na região de Rio Frio.
E esta generalizada má vontade ou simples desconfiança relativamente à Ota já levou a que, neste momento, de acordo com sondagens efectuadas, apenas pouco mais de 18% dos portugueses esteja incondicionalmente de acordo com esta localização.
Imperturbável, parece o Governo que não participa da polémica tendo dado o assunto por arrumado uma vez que, argumenta ele, depois de trinta anos em que os estudos apontavam para a Ota chegou agora a vez de tomar a decisão e iniciar o processo de construção que levará cerca de 10 anos atendendo a que o aeroporto da Portela tem a sua capacidade na fase limite quanto às exigências do tráfego de pessoas e mercadorias o que leva, até, o Presidente da TAP, a afirmar que todas as noites reza para que, rapidamente, se faça o novo aeroporto.
Mais de 3 mil milhões de euros são os números para a sua construção e mesmo que já habituados a estes números com muitos zeros à direita como consequência das recentes OPA(s), o cidadão comum, perante tantas doutas e diferentes opiniões, interroga-se, especialmente quando lhe dizem que o aeroporto em Rio Frio custaria metade do preço do da OTA.
Ah, mas temos a questão ambiental de Rio Frio que é de tal forma importante que fez com que este local fosse, liminarmente, excluído como hipótese.
Os prejuízos ambientais foram considerados inamovíveis, irreversíveis e de valor muito superior àquilo que se poderia economizar na construção do aeroporto.
Parecia, portanto, face a este pressuposto, que o aeroporto podia avançar na Ota e todos nós, simples cidadãos que não temos nada a ver com aquilo, porque há outros que têm e muito, podiam dormir descansados.
Mas, pura ilusão, porque afinal, os prejuízos ambientais de Rio Frio parece não terem, para todos, a importância que lhe foi atribuída.
Especialistas na matéria referem “umas minhocas”e outros interrogam-se sobre a localização da Wolksvagen na mesma zona sem que as questões ambientais tenham sido impeditivas.
Enfim, postos em causa o valor e a credibilidade científica dos pressupostos que deviam balizar as decisões, está instalada a polémica porque aquilo que cada um quer é que passa a ser definitivamente importante para a decisão.
Será que este caso da OTA é mais um exemplo comprovativo de que os portugueses são mais felizes a discutir do que a fazer?
Será que eternas dúvidas sobre nós próprios e os outros pairam geneticamente sobre os portugueses hoje, como há mil anos atrás, quando um general romano se queixava ao Imperador que aqui, nos limites do continente europeu, havia um povo que não se sabia governar nem tão pouco deixava que o governassem?
Pessoalmente já não sei qual o local mais indicado para situar o aeroporto mas se o governo fizer ouvidos moucos a toda a polémica agora instalada depois de 30 anos de estudos e construir o novo aeroporto na OTA desde já lhe afirmo, pelo menos, a minha compreensão.
Depois de trinta anos de estudos que custaram mais de 14 milhões de euros os portugueses já não sabem o que pensar sobre a localização do novo aeroporto.
A maioria esmagadora dos comentadores, nomes sonantes dos nossos fazedores de opinião, ou estão frontalmente contra esta localização ou, na melhor das hipóteses, entendem que, sem se parar com o processo da Ota, deveriam fazer-se mais estudos a favor de hipóteses alternativas, nomeadamente, no distrito de Setúbal, na região de Rio Frio.
E esta generalizada má vontade ou simples desconfiança relativamente à Ota já levou a que, neste momento, de acordo com sondagens efectuadas, apenas pouco mais de 18% dos portugueses esteja incondicionalmente de acordo com esta localização.
Imperturbável, parece o Governo que não participa da polémica tendo dado o assunto por arrumado uma vez que, argumenta ele, depois de trinta anos em que os estudos apontavam para a Ota chegou agora a vez de tomar a decisão e iniciar o processo de construção que levará cerca de 10 anos atendendo a que o aeroporto da Portela tem a sua capacidade na fase limite quanto às exigências do tráfego de pessoas e mercadorias o que leva, até, o Presidente da TAP, a afirmar que todas as noites reza para que, rapidamente, se faça o novo aeroporto.
Mais de 3 mil milhões de euros são os números para a sua construção e mesmo que já habituados a estes números com muitos zeros à direita como consequência das recentes OPA(s), o cidadão comum, perante tantas doutas e diferentes opiniões, interroga-se, especialmente quando lhe dizem que o aeroporto em Rio Frio custaria metade do preço do da OTA.
Ah, mas temos a questão ambiental de Rio Frio que é de tal forma importante que fez com que este local fosse, liminarmente, excluído como hipótese.
Os prejuízos ambientais foram considerados inamovíveis, irreversíveis e de valor muito superior àquilo que se poderia economizar na construção do aeroporto.
Parecia, portanto, face a este pressuposto, que o aeroporto podia avançar na Ota e todos nós, simples cidadãos que não temos nada a ver com aquilo, porque há outros que têm e muito, podiam dormir descansados.
Mas, pura ilusão, porque afinal, os prejuízos ambientais de Rio Frio parece não terem, para todos, a importância que lhe foi atribuída.
Especialistas na matéria referem “umas minhocas”e outros interrogam-se sobre a localização da Wolksvagen na mesma zona sem que as questões ambientais tenham sido impeditivas.
Enfim, postos em causa o valor e a credibilidade científica dos pressupostos que deviam balizar as decisões, está instalada a polémica porque aquilo que cada um quer é que passa a ser definitivamente importante para a decisão.
Será que este caso da OTA é mais um exemplo comprovativo de que os portugueses são mais felizes a discutir do que a fazer?
Será que eternas dúvidas sobre nós próprios e os outros pairam geneticamente sobre os portugueses hoje, como há mil anos atrás, quando um general romano se queixava ao Imperador que aqui, nos limites do continente europeu, havia um povo que não se sabia governar nem tão pouco deixava que o governassem?
Pessoalmente já não sei qual o local mais indicado para situar o aeroporto mas se o governo fizer ouvidos moucos a toda a polémica agora instalada depois de 30 anos de estudos e construir o novo aeroporto na OTA desde já lhe afirmo, pelo menos, a minha compreensão.
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