E o Povo.... decidiu, SIM
E O POVO…DECIDIU, SIM
Ontem, senti-me mais identificado com a sociedade a que pertenço e isso deu-me um maior grau de tranquilidade relativamente ao futuro.
O que se decidia ontem, no Referendo, tinha a ver com conceitos importantes da vida a começar logo pelo seu próprio entendimento, a sua origem, evolução ao longo dos tempos ou obra directa da Criação divina e por isso intocável aconteça o que acontecer no sentido de que se Deus criou a vida só ele a pode tirar.
Ou, por outro lado, numa concepção laica, se o problema não era uma questão de direitos da pessoa humana, da sua maioridade no que se refere às suas decisões naquilo a que cada um diz respeito.
Olhando agora para o mapa de Portugal, depois de inseridos os resultados o que sobressai à evidencia, mais uma vez, são 2 países, um a norte e ilhas e o outro ao centro e sul.
O primeiro, conservador, religioso, temente a Deus e obediente à Igreja, o segundo, mais moderno, personalizado, sensível aos problemas sociais e aos direitos das pessoas, sendo certo, também, que a vida nas grandes cidades contribui, igualmente, para despoletar estas características.
Haja em vista que o Concelho do Porto que em 1998 tinha dado a vitória ao Não, 58% e 42% para o Sim, agora, oito anos mais tarde, inverteram-se os valores, 45% para o Não e 55% para o Sim.
Isto significa que as populações urbanas foram mais sensíveis à qualidade dos argumentos apresentados pelos defensores do Sim, dois dos quais se mostraram de uma transparente nitidez:
-Descriminalização do Aborto
Ontem, senti-me mais identificado com a sociedade a que pertenço e isso deu-me um maior grau de tranquilidade relativamente ao futuro.
O que se decidia ontem, no Referendo, tinha a ver com conceitos importantes da vida a começar logo pelo seu próprio entendimento, a sua origem, evolução ao longo dos tempos ou obra directa da Criação divina e por isso intocável aconteça o que acontecer no sentido de que se Deus criou a vida só ele a pode tirar.
Ou, por outro lado, numa concepção laica, se o problema não era uma questão de direitos da pessoa humana, da sua maioridade no que se refere às suas decisões naquilo a que cada um diz respeito.
Olhando agora para o mapa de Portugal, depois de inseridos os resultados o que sobressai à evidencia, mais uma vez, são 2 países, um a norte e ilhas e o outro ao centro e sul.
O primeiro, conservador, religioso, temente a Deus e obediente à Igreja, o segundo, mais moderno, personalizado, sensível aos problemas sociais e aos direitos das pessoas, sendo certo, também, que a vida nas grandes cidades contribui, igualmente, para despoletar estas características.
Haja em vista que o Concelho do Porto que em 1998 tinha dado a vitória ao Não, 58% e 42% para o Sim, agora, oito anos mais tarde, inverteram-se os valores, 45% para o Não e 55% para o Sim.
Isto significa que as populações urbanas foram mais sensíveis à qualidade dos argumentos apresentados pelos defensores do Sim, dois dos quais se mostraram de uma transparente nitidez:
-Descriminalização do Aborto
-Combate ao Aborto Clandestino e às suas consequências para a vida e saúde da Mulher.
Eu próprio fiz um esforço para me abstrair das minhas convicções e decidir apenas em função dos argumentos apresentados e estes, só por si, teriam sido mais que suficientes para votar no Sim.
Eram argumentos da razão, do bom senso, da tolerância e não lhes dar ouvidos só por preconceitos de natureza religiosa mais do que convicção pessoal os quais, de resto, me pareceram subjacentes quando, em certos discursos da hierarquia religiosa se dá a entender que, falando em nome da Igreja, “ a minha posição não pode ser outra”…
Os defensores do Não tiveram mais que a percepção de que iam perder até porque, logo cedo, as sondagens assim o mostravam e daí as manobras argumentativas tentando confundir as pessoas com interpretações várias sobre a pergunta na tentativa de lançar a confusão.
O grande “arquitecto” destas “engenharias” à volta da pergunta para confundir votante e levá-lo à abstenção que favoreceria o Não, foi Marcelo Rebelo de Sousa e por isso ele foi, para mim, um dos vencidos deste Referendo tanto mais que embora não se tivesse chegado à maioria dos 50% quanto ao número de votantes, eles foram muito superiores aos de 1998 numa afirmação clara que não se deixavam enganar.
Relativamente a 1998 o Sim arrecadou mais um milhão de votos enquanto o Não somou apenas mais 200 000 e esta diferença é tão clara e significativa que surpreendeu todos, de um lado e de outro.
Contudo, não foi clara para Luís Filipe Meneses para quem os resultados do Referendo foram “uma derrota e um cartão amarelo para José Sócrates e o seu governo”… e para Luís Delgado para quem, por amor à Constituição, tudo deve ficar na mesma uma vez que não tendo o número de votos atingido os 50%, o Referendo não tem força vinculativa.
Resta-lhe a esperança que o Presidente da República e o Tribunal Constitucional façam cumprir a Constituição…
Depois do que foi dito e reafirmado aos portugueses pelo 1º Ministro sobre o que iria ser feito caso o Sim ganhasse, nem que fosse por mais um voto, fazer tábua rasa dos resultados do Referendo quando o Sim ganhou por mais quase 700000 votos francamente, Sr. Luís Delgado o Sr. está a brincar com a tropa!
Então, a componente político não era, neste caso, o que estava em causa?
Quanto ao Dr. Luís Filipe Meneses as suas reacções fazem lembrar o Dr. Alberto João…só que ele não tem nenhuma ilha da Madeira…cem vezes o “grande nóia”.
Uma última palavra para o grande vencedor deste Referendo: o Eng. José Sócrates que se empenhou de forma directa, clara, incisiva e ganhou em toda em toda a linha.
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