quinta-feira, janeiro 12, 2012

INFORMAÇÕES ADICIONAIS

À ENTREVISTA Nº 34 SOBRE O TEMA:

“BAPTISMO DE CRIANÇAS?” (5)



Batismo de Crianças: Uma Questão Controversa

O significado do baptismo de crianças foi discutida pelos pelagianos, que por negarem o dogma do pecado original foram considerados hereges pela Igreja oficial.
Sustentaram os pelagianos (IV e V Séculos), que as crianças são baptizadas não para lhes ser perdoado qualquer pecado, mas para as tornar melhor e dar-lhes o status de filhos adoptivos de Deus. A igreja oficial, por isto, perseguiu-os cruelmente, insistindo que até uma criança recém-nascido está sob o poder do mal.



O Concílio de Florença (1442), em seu decreto contra os jacobitas, outro grupo considerado herege, reafirmou esta doutrina, declarando que o baptismo não deve ser adiado até mesmo para 40 ou 80 dias, como era o costume de algumas pessoas. O motivo era o perigo de morte, que pode acontecer muitas vezes, não havendo outro remédio disponível para essas crianças, excepto o sacramento do baptismo, que os livra do poder do diabo e os faz filhos adoptivos de Deus. Esta crença de bebés inocentes nas mãos do diabo expressa-se no rito católico do baptismo, no qual se incorporam exorcismos de rejeição "a Satanás, a suas pompas e suas obras," que os padrinhos devem fazer em nome da criatura.



A partir da Reforma Protestante no século XVI, começou a haver entre os cristãos reformados opiniões contra o baptismo infantil, embora o próprio Lutero o tenha mantido. Os anabatistas, por exemplo, enfrentaram os luteranos por se recusarem a baptizar as crianças, o que levou até a guerras. As únicas denominações protestantes que mantêm actualmente o baptismo das crianças são a luterana e a morava. Na Igreja Anglicana, copta, maronita e as igrejas ortodoxas na Europa Oriental e Oriente Médio também é praticado o baptismo infantil.

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