sexta-feira, abril 12, 2013

A "caça" ao dinheiro devia ser considerada um roubo...

A Igreja Enriqueceu 
Com o Dízimo

Na medida em que o Cristianismo passou a ser a religião oficial do Império Romano a lei Bíblica do dízimo recuperou o seu lugar. Os bispos reunidos nos Concílios Regionais de Tours e Maçon (Anos 567 e 585) reviveram a obrigação do dízimo que se devia pagar aos bispos e aos párocos. O imperador Carlos Magno no Séc. VIII estabeleceu o pagamento obrigatório do dízimo das colheitas para sustentar os bispos das igrejas locais.



O dízimo teve um papel importante na acumulação da riqueza da Igreja Romana. Na Idade Média, todos os proprietários das terras estavam obrigados a entregarem uma décima parte das suas produções ou dos seus rendimentos à autoridade hierárquica da igreja local., sob pena de excomunhão ou ameaça de condenação às penas do inferno.

No tempo de Gregório VIII, instituiu-se o “dízimo de Saladin” que devia ser pago por todos os cristãos que não participavam nas cruzadas contra os muçulmanos.

Na América colonial pagava-se também o dízimo às autoridades religiosas locais para sustentar os párocos e as paróquias. Esta lei acabou a quando das independências.


Todavia Ainda Se Pagam Dízimos

Em vários países europeus de tradição cristã, ainda que laicos, - Espanha, Alemanha, Itália – sobrevivo o equivalente ao dízimo: “o imposto religioso” que se entrega ao Estado na Declaração de Impostos e que se destina a financiar a igreja católica ou as igrejas protestantes. De há uns anos para cá, cidadãos e cidadãs, críticos com a actuação do clero espanhol, proveram uma campanha de apostasia (afastamento deliberado das doutrinas e crenças mantidas e defendidas com firmeza): trata-se de renunciar, por escrito e oficialmente em documento formal, a sua pertença à igreja católica, o que lhes evita pagarem este imposto.



Actualmente, em resultado do crescente fundamentalismo bíblico e de uma leitura literal da Bíblia, algumas igrejas cristãs evangélicas, especialmente de Pentecostes e Neopentecostes, recuperaram a prática do dízimo convertendo-o numa condição de fé verdadeira. É uma autêntica transacção comercial: a troco do pagamento do dízimo os pastores e pregadores oferecem aos fiéis bênçãos e a prosperidade por Deus.

O Dízimo É Uma Fraude


Gary Amirault é um pastor e pregador evangélico dos Estados Unidos, defensor do universalismo cristão e fundador no Missouri do Tentmaker Ministries. Participa num programa como autor de vários textos nos quais demonstra a origem histórica do dízimo e a falta de um fundamento evangélico para o exigir. Para Amirault o dízimo bíblico não passa de uma completa fraude.


As igrejas nos E.U. através dos seus milhares de esquemas para reunir dinheiro acumularam mais de um trilião em Acções, Fundos, Programas de Seguros, Bens de Raiz, etc. que dariam para alimentar, literalmente, os pobres de todo o mundo. Os meios engenhosos que milhares de pastores usam para levantar dinheiro, dos quais o dízimo moderno é um deles esgotou o nosso país de recursos que poderiam ajudar tremendamente o mundo.

 Mas a Igreja está sentada sobre o dinheiro e, como todos temos conhecimento, muitas seitas ditas religiosas, mais recentes, inspiradas no dízimo da Igreja de Roma, montaram autênticos negócios que são uma afronta à sociedade e à moral mas que se encontram "defendidas" porque a lei não pode actuar. Os princípios e os métodos são exactamente os mesmos da Igreja Católica Romana.


NOTA 


Fosse esse dinheiro para apoiar projectos de natureza social e eu perdoaria ao ladrão. Mas não, esse dinheiro destina-se a enriquecer pessoas de forma escandalosa.

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