sexta-feira, julho 19, 2013

A grande experiência da oração

Richard Dawkins – “A Desilusão de Deus”



Um engraçado, se bem que algo patético, estudo de caso sobre milagres é a grande experiência da oração:

 - Será que rezar pelos pacientes ajuda a cura?

Normalmente rezam-se orações pela intenção de doentes, tanto em privado como em locais de culto formais.

Fancis Galton, que era primo de Darwin, foi o primeiro a analisar cientificamente se as orações pelas pessoas são eficazes.

Galton observou que todos os Domingos, em Igrejas por toda a Grã-Bretanha, congregações inteiras rezavam em público pela saúde da família real. Não deveriam ser os membros desta, portanto, invulgarmente saudáveis em relação a nós, que apenas somos alvos de orações por parte daqueles que nos são mais próximos e queridos?

Galton investigou o assunto e não encontrou qualquer diferença estatística.

Mais recentemente, o físico Russell Stannard um dos três famosos cientistas religiosos da Grã- Bretanha juntou o peso da sua influência a uma iniciativa financiada pela Fundação Templeton, destinada a testar experimentalmente a proposição segundo a qual rezar pelos pacientes lhes melhora a saúde.

Foram observadas todas as regras:

 - Os pacientes foram colocadas aleatoriamente num grupo experimental alvo das orações ou num grupo de controlo sem orações.

Nem os pacientes nem os médicos sabiam quais os pacientes alvo das orações. As pessoas que rezavam apenas sabiam, como era óbvio, o primeiro nome e a primeira letra do apelido para poderem dirigir as orações.

Arrostando galhardamente com a troça a equipa de investigadores fez o seu trabalho, gastando 2,4 milhões de dólares da Fundação Templeton… que ia dizendo que “acreditava que as provas da eficácia da oração estavam a aumentar”.

1802 pacientes em seis hospitais, todos eles submetidos a uma cirurgia de bypass coronário, fizeram parte do estudo desconhecendo que estavam a rezar por eles, sendo que as orações foram proferidas pelos fiéis de três igrejas todas elas distantes dos hospitais.

Os resultados, apresentados na edição de Abril de 2006 do American Heart Jornal, foram inequívocos. Não houve diferença entre os doentes alvo das orações e os restantes.

Que surpresa!!!
 (continua) 

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