para Todos
David
Slown Wilson
(continuação)
De igual
modo, um observador da vida do Sul observou que as crianças muito pequenas
«costumavam agarrar em coisas e lutar em cima do tapete para entreter os pais
arremessando os brinquedos para todo o lado, desafiavam as ordens paternas e
até se atiravam às visitas numa briga amigável».
Quando os
rapazes cresciam, esses jogos tornavam-se treinos para o combate. Um rapaz que
voltasse para casa a queixar-se de um agressor era enviado de volta para
mostrar ao atacante «aqui lo de que
és feito».
Um rapaz
que evitasse uma pedrada era tratado como cobarde; a ideia era deixar que lhe
acertassem e depois pagar na mesma moeda.
As
mulheres desempenham um papel fundamental na “cultura da honra”, por vezes na
luta, mas principalmente na influência que exercem sobre os homens.
Eis como
um romano descrevia os antepassados femininos dos Escoceses e dos Irlandeses:
- «Um bando de estrangeiros não conseguiria
suster um único gaulês se este chamasse para o ajudar a mulher, que em geral
era muito forte e tinha olhos azuis, especialmente quando, com o pescoço
inchado, de dentes cerrados e brandindo os braços pálidos, de um tamanho
descomunal, ela começava a desferir murros, misturados com pontapés, como se
fossem projécteis enviados por uma catapulta.»
Os
Sulistas dos primórdios da América do Norte idolatravam as mães da antiga
Esparta, que, segundo afirmavam, ordenavam aos filhos que voltassem da batalha
ou com os escudos ou em cima deles. A mãe de Sam Huston deu-lhe um mosquete, ao
mesmo tempo que lhe dizia:
- «Nunca o desonres; não te esqueças que eu
preferiria ver todos os meus filhos numa sepultura honrada a saber que um deles
tinha virado as costas para salvar a vida.» Depois ofereceu-lhe um anel de ouro
singelo com a palavra «honra» gravada no interior.
Quando
perguntaram a um veterano sulista da Guerra Civil porque motivo continuavam os
Confederados a combater depois da derrota ser certa, este respondeu:
- «Tínhamos medo de parar… Receávamos as mulheres
em casa… Elas teriam vergonha de nós.»
(continua)
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