A afixação por Lutero das 95 teses da Reforma Protestante |
Uma Lição
de História
(Por Bernardo Mariano)
2. Viragem do Séc. XVI Para o XVII
(Continuação - IV Parte)
Politicamente, este é o período que
coincide com o início da afirmação como potência da Inglaterra, sobretudo a
partir da vitória sobre a chamada Invencível Armada (1588) com o consequente
enfraquecimento do poder marítimo espanhol e, por arrastamento, nesta data,
também do português, cujos navios constituíam cerca de um terço da Armada...
Secundando a Inglaterra, também as
Províncias Unidas (Holanda) iniciarão rapidamente a sua expansão marítima –
recordemos a rápida penetração holandesa no Brasil durante o período Filipino.
No continente europeu, Espanha
continuaria a digladiar-se com a França século XVII dentro pelo predomínio no
ocidente europeu e na Itália, enquanto o Sacro Império era um verdadeiro barril
de pólvora face às consequências da obediência protestante de muitos dos seus
estados constituintes opondo-se aos outros estados que haviam permanecido
católicos encabeçados pelo estado de maior importância política que era a
Áustria, país cuja dinastia reinante era a dos Habsburgos, família imperial.
A explosão do barril não se fez
esperar: em 1618, todos esses conflitos não resolvidos irrompem na guerra dos
Trinta Anos e espalham-se por toda a Europa constituindo o evento mais
mortífero desde a peste negra à I Grande Guerra Mundial.
A Reforma Protestante virou por
completo a Europa do avesso e abalou profundamente a Igreja, tanto assim, que
só em 1545, 28 anos após a afixação por Lutero das 95 teses na porta da Igreja
de Todos Os Santos, em Witenberg, o Papa Paulo III convoca para Trento um
concílio para discutir a reacção da Igreja Romana à Reforma Protestante.
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