Vamos ser sinceros, a Alemanha é uma das
equi pas favoritas para ganhar o
Mundial e hoje, ontem, outro resultado que não fosse a vitória sobre a nossa equi pa, estava fora das minhas cogitações.
Fôssemos nós mais realistas e até
podíamos ter poupado o Ronaldo para os próximos jogos, porque nem sempre ele
pode levar a equi pa às costas como
aconteceu no jogo de apuramento para este Mundial na Suécia, e ele anda agora diminuído
fisicamente. Mas o seleccionador qui s
ganhar à Alemanha, o que lhe fica bem em termos de arreganho, mas foi errado.
Não, a derrota era perfeitamente
previsível e só o aleatório do futebol é que faz com que por vezes sonhemos. Há
um potencial físico, técnico e táctico da parte dos jogadores alemães no seu
conjunto que, à partida e em teoria, nos derrotam. Desta vez, foi na teoria e
na prática.
O que me custou, portanto, foi ver
naquele jogo de futebol o espelho do meu país: frágil, débil, indisciplinado,
pouco aplicado, vergado a uma Alemanha, - tinha que ser a ela... - competente, segura de si, quase complacente
com um parceiro menor, tudo como na realidade, como na vida e à frente de todo
o mundo, para toda a gente ver.
Eu até julgo que valemos mais do que aqui lo... quer no futebol e como país e por isso,
aqueles meninos ricos e mimados, rodeados de privilégios e atenções, que saem
dos autocarros de luxo com fones nos ouvidos para não comunicarem com o mundo
dos humanos mas que não sabem controlar, dentro das quatro linhas, os seus
sentimentos de raiva, frustração e má educação – se é que isso ainda existe...
– prestaram um mau serviço ao país que os andou a adular.
Vou esquecê-los... - apenas me quero recordar do jogo
de apuramento com a Suécia, e reviver aquele sentimento de orgulho nacional
vendo os suecos abandonarem o estádio antes do fim do jogo vergados aos
extraordinários golos do Cristiano.
Por que é não acabou tudo aí?... – Sei lá, inventávamos
uma desculpa, por exemplo que não tínhamos dinheiro para as viagens, ou com a
troika que não nos deixou..., e ficávamos aqui
sossegadinhos, sem stresses, sem passar por estas coisas... a ver a Merkel, -
ela, sempre ela! - a aplaudir a sua equi pa, 4 vezes!
A última coisa de que agora precisamos é de humilhações
que nada têm a ver com o perder. Têm a ver com aquela exibição e aqueles comportamentos...
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