quinta-feira, junho 19, 2014

Será ele o líder?
E no futebol

ainda é o menos
   














«Leon Trotsky, o revolucionário russo que falhou o poder, pode não parecer a pessoa mais adequada para citar. Ele é o chefe político da primeira revolução russa, a de 1905, e sai dela sozinho; ele é o chefe militar da segunda revolução russa, a de 1917, e sai dela indefeso.

Um derrotado, pois. Mas ele é tão inteligente (e escreve tão bem) que vale a pena ouvi-lo mais do que aos outros seus colegas pela mesma razão que faz a opinião de José Quitério sobre uma omeleta ser mais importante do que a opinião da galinha.

 Disse Trotsky: "A tragédia da revolução mundial é a tragédia da liderança da revolução mundial."

Como interessa pouco a revolução mundial, desbastemos o irrelevante. E fica: a tragédia é a falta de líderes.

Podia ser a divisa de Portugal. Na política do País, na direcção das empresas e no assunto que agora nos anima, perdão, desanima. 

Um dia destes, a selecção portuguesa foi para o intervalo perdendo pesadamente - já aí, nos 45 minutos anteriores, com as teimosias nas escolhas e tolices nos comportamentos era nítida a falta de liderança.
 
Mas há um retrato mais flagrante, é a saída do balneário. Quem estivesse incomunicável para o mundo nos últimos dez anos e, agora, no sofá, via os jogadores sem garra a regressar ao relvado, exclamaria:

 - "O Scolari já não é o treinador!" 

É toda a diferença entre um líder, mesmo sargentão, e um furriel amanuense. Por cá manda quem não lidera. E no futebol é o menos.» [DN]   
Autor:
 
Ferreira Fernandes. 

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