segunda-feira, novembro 10, 2014

Padre Francisco - orgulho de Trancoso.
Do Arquivo Nacional da Torre do Tombo


SENTENÇA PROFERIDA EM 1487
NO PROCESSO CONTRA O PRIOR DE 
TRANCOSO·

(Autos arquivados na Torre do Tombo, Armário 5, Maço7) - Arquivado por boa causa.















"Padre Francisco da Costa, prior de Trancoso, de idade de sessenta e dois anos, será degredado de suas ordens e arrastado pelas ruas públicas nos rabos dos cavalos, esquartejado o seu corpo e postos os quartos, cabeça e mãos em diferentes distritos, pelo crime que foi arguido e que ele mesmo não contrariou, sendo acusado de ter dormido com vinte e nove afilhadas e tendo delas noventa e sete filhas e trinta e sete filhos; de cinco irmãs teve dezoito filhas; de nove comadres trinta e oito filhos e dezoito filhas; de sete amas teve vinte e nove filhos e cinco filhas; de duas escravas teve vinte e um filhos e sete filhas; dormiu com uma tia, chamada Ana da Cunha, de quem teve três filhas, da própria mãe teve dois filhos.


Total:duzentos e noventa e nove filhos, sendo duzentos e catorze do sexo feminino e oitenta e cinco do sexo masculino, tendo concebido em cinquenta e três mulheres".



"El-Rei D. João II -  O mais competente Rei de Portugal -  lhe perdoou a morte e o mandou pôr em liberdade aos dezassete dias do mês de Março de 1487, com o fundamento de ajudar a povoar aquela região da Beira Alta, tão despovoada ao tempo, e mandou arquivar os papéis da condenação."


Nota – Vejam bem o jeito que hoje não dava quando já não temos sequer um jovem por cada 3 adultos. Em 1974 era exactamente ao contrário: 3 jovens por cada adulto... Verdade seja dita que fazê-los é, não só o mais fácil, como também a parte agradável da questão, o pior vem depois mas isso no tempo de D. João II não era problema.

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