domingo, janeiro 31, 2016

As muralhas da velha cidade
Hoje é Domingo

(Na minha cidade de Santarém em 31/1/16)



















Na Europa continuamos a ter o problema dos refugiados que tende a agravar-se cada vez mais à medida que eles aumentam, não obstante a Dinamarca já lhes ir às economias, salvam-se os anéis por serem peças de estimação...

Por cobardia e calculismo, os países europeus e os E.U. ainda não passaram à acção, vão ignorando o mal na sua origem, poupando a vida de soldados e canhões, talvez porque estejam à espera da Declaração de Guerra...

Hesita-se menos em cometer o erro do que em tentar repará-lo.

Invadiram o Iraque para destituírem um ditador porque ele teria bombas perigosas... Depois, vieram embora e deixaram tudo de pantanas, um caos político, administrativo e militar.

Erros destes não se pagam no outro dia, mas a longo prazo e os E.U, que não têm refugiados a desembarcar nas praias das suas costas, assobiam para o lado com o Trump a dizer baboseiras...

 - Cá, em Portugal, temos o Orçamento para 2016. Quando os portugueses já se estavam a habituar a ser pobres com o Passos Coelho e a Maria Luís, vem o António Costa e o Centeno e dizem que não... e abrem perspectivas de melhorias.

Mas o governo português já não tem autonomia, não é livre para tomar decisões, para alem das pequenas coisas sem importância porque, naquilo que tem a ver com dinheiro, dependemos da autorização da Comissão Europeia e do BCE, que nos tutelam.

Não sei bem para que fazemos ainda eleições legislativas...

Na verdade, impedidos de mudar de políticas, para além de cortar na Educação ou na Saúde, essa decisão continua a ser nossa, começa a ser um pouco indiferente quais os partidos que nos governam internamente, porque não há saída fora das medidas de austeridade.

Mudar de partidos no poder (qual poder?) significa apenas mudar de clientelas nos lugaritos do costume.

Esta insistência do Costa em baixar apenas 0,2 % do deficit vai acabar em humilhação escusada, mas eu acho bem que ele trave essa luta!

O Comissário Europeu, um senhor Dornbrovskis. já disse: "se não cedemos com a Espanha porque iríamos ceder com Portugal?".

Deficit abaixo, deficit acima, irá triunfar o 0,5% de Passos Coelho, o que significa mais austeridade... mas Costa resiste e assume a redução dos 0.2%.

Eu gosto deste Costa porque mesmo quando não leva a dele avante, dá luta, briga, faz ver os seus pontos de vista, que são os do país, entalado que está entre as legítimas aspirações dos seus compatriotas e o rigor orçamental da Europa de Merkel e Shauble, ao contrário do “vendido” do Passos que quando os outros diziam “mata” ele adiantava-se e dizia “esfola”.

Vencidos, mas de cabeça levantada!

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