No âmbito de um estudo que está a ser realizado na
América do Norte, desde há 75 anos, começou em 1938, de forma ininterrupt a, a dois grupos de pessoas escolhidas em jovens e
pertencentes a estratos sociais opostos, um rico e outro pobre, as conclusões à
partida, ao longo e à chegada ao fim das suas vidas, são as mesmas.
Os objectivos desse estudo, o mais prolongado que já
foi efectuado, é perceber, na realidade, o que é mais decisivo para as pessoas
se sentirem felizes ou, mais prosaicamente o que torna uma vida boa,
estudando-os desde a infância à velhice.
Os dois grupos, num total, hoje, de 724 homens, ainda
vivos e já com mais de 90 anos, à partida, eram diferentes: um deles estava a
entrar para a faculdade, o outro vivia em bairros marginais sem água, quente ou
fria, nas suas casas.
Independentemente destas profundas diferenças na
origem, ambos os grupos manifestaram desejos iguais quanto ao que iria ser
importante para as suas vidas: 80%, dinheiro, 50%, sucesso, fama e, finalmente,
trabalho, muito trabalho.
Todos, ao longo da vida, foram respondendo a
questionários que periodicamente lhes eram enviados pelos responsáveis do
estudo, sobre a sua vida doméstica, saúde e trabalho.
Os que pertenciam ao grupo social mais rico entraram
para o estudo quando se encontravam na Universidade de Harvard e todos eles
terminaram os seus cursos e participaram na 2ª Grande Guerra Mundial.
Os que pertenciam ao grupo mais pobre, provenientes de
famílias problemáticas de Boston, nos anos 30, entraram em todo o tipo de
vidas, operários, dos mais variados ramos, engenheiros, advogados e um deles
Presidente da República.
Uns, deram em alcoólicos, outros em esqui zofrénicos, alguns subiram a vida até ao topo, outros
fizeram-no em sentido inverso.
Os do grupo de Boston, quando foram contactados para
receberem mais questionários, alguns deles perguntaram porque queriam saber
mais das suas vidas se elas não tinham
interesse?
Nenhuma pessoa do grupo dos de Harvard fez essa
pergunta...
Quais foram então as lições retiradas em milhares de
páginas de informações recolhidas?
- Não foram sobre dinheiro, nem fama ou sucesso, mas
sim sobre as boas relações,
relativamente às quais foram obtidas três lições:
- As relações sociais são boas para nós. Quanto mais
forem essas ligações, com a família, amigos e a comunidade, melhor é a vida,
mais feliz e prolongada.
- A solidão
mata, é tóxica, faz mal ao corpo, ao espírito, à memória e encurta a vida;
- Não basta o
número de amigos que temos é preciso olhar à sua qualidade, especialmente nas
relações íntimas. Os conflitos dentro do casamento são mais prejudiciais do que
o divórcio.
Viver no meio de relações boas e calorosas é protector.
O grau de satisfação dessas relações é fundamental,
mais do que o colestrol, para definir a qualidade de vida.
A confiança recíproca em outra pessoa, sabermos que
podemos contar com ela e sermos capazes de retribuir essa confiança, revela-se
o factor chave.
Mark Twain, quando há cem anos fazia a retrospectiva
da sua vida dizia:
- Não há tempo, tão
breve é a vida, para discussões, amarguras, desculpas, prestação de contas. Só
há tempo para amar e mesmo para isso é só um instante.
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