Marcelo e Passos nunca gostaram um do outro, embora da mesma área política. Marcelo é feliz como Presidente da República, Passos não aprecia essa felicidade.
À simpatia espontânea de um, há muito
instalada nas nossas casas a quando dos seus comentários aos Domingos à noite, durante anos, contrapõe-se a antipatia de Passos.
Talvez eu seja injusto, mas não está na
minha mão! Não posso com este político e ainda hoje estou para perceber, não
fora a conhecida costela masoqui sta
dos portugueses, como é que eles lhe deram tantos votos... só podem ter sido os
truques dos brasileiros que o assessoraram nas eleições que ganhou...
A sua pose sobranceira, o sorriso
cínico, o pretensioso “pin” na lapela do casaco, ele é, para mim, o oposto de
Marcelo, uma espécie de “comunidade dos desafectos”.
Não se trata, propriamente, de profundas
e graves divergências políticas. Maiores eram as que eu tinha com Salazar e,
pessoalmente, nunca antipatizei com o senhor.
Quando, em 2011, assume a liderança do
país, depois daquela espécie de banca-rota do Sócrates, eu não tinha dúvidas
nenhumas de que nos esperavam sacrifícios mas, o que nunca lhe perdoarei, foi
ter culpado os portugueses da situação a que tínhamos chegado, e aplicasse as
medidas políticas que entendeu dever tomar, com o prazer sádico de um merecido
castigo.
Este homem não merece nem estima nem
consideração porque se apresenta à sociedade como se nós, cidadãos, não
estivéssemos à altura dele, sem que percebamos de onde lhe vem essa
superioridade...
Há ali um misto de sublime desprezo no seu pessimismo a tudo quanto
sejam metas do governo de António Costa.
Consciente e senhor do seu estilo,
“troça” da felicidade do Presidente Marcelo porque percebe, que ao“fel” que
destila, aquele oferece “mel” à população na forma de um sorriso aberto e de
uma palavra de esperança.
Os políticos que não conseguem, ou não
querem, fazer-se amar estão condenados a agradar apenas a um sector da
sociedade que nasceu zangada com a vida (dos outros), e para quem um chefe que
não usa o chicote não presta para liderar.
Lembram-se do Guterres, acusado de não
usar chicote, um dos portugueses mais inteligentes da sua geração que ameaça
agora vir a ser, por mérito próprio, “só”, Secretário Geral da ONU, motivo de
orgulho nosso, mas que não mereceu a confiança do país que lhe abriu as portas
para o mundo, depois o terem colocado, cá dentro, num pântano político.
Ficámos com o Sócrates e o Passos,
brilhantes alternativas, muito mais ao nosso gosto, um por trafulha, outro
porque nos ameaça com as reguadas da antiga escola primária...
O Passos, que nunca gostou do Marcelo, detesta que ele seja um Presidente feliz... porque, no fundo, ele sabe que
nunca será um político querido e consensual como ele... mas não perde a esperança, talvez tudo corra mal ao Costa e ao país e o tragam ainda outra vez em ombros... lagarto lagarto, lagarto!
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