quarta-feira, maio 04, 2016

O Presidente dos afectos 
A Felicidade

 do 

Presidente...














Marcelo e Passos nunca gostaram um do outro, embora da mesma área política. Marcelo é feliz como Presidente da República, Passos não aprecia essa felicidade.

À simpatia espontânea de um, há muito instalada nas nossas casas a quando dos seus comentários aos Domingos à noite, durante anos, contrapõe-se a antipatia de Passos.

Talvez eu seja injusto, mas não está na minha mão! Não posso com este político e ainda hoje estou para perceber, não fora a conhecida costela masoquista dos portugueses, como é que eles lhe deram tantos votos... só podem ter sido os truques dos brasileiros que o assessoraram nas eleições que ganhou...

A sua pose sobranceira, o sorriso cínico, o pretensioso “pin” na lapela do casaco, ele é, para mim, o oposto de Marcelo, uma espécie de “comunidade dos desafectos”.

Não se trata, propriamente, de profundas e graves divergências políticas. Maiores eram as que eu tinha com Salazar e, pessoalmente, nunca antipatizei com o senhor.

Quando, em 2011, assume a liderança do país, depois daquela espécie de banca-rota do Sócrates, eu não tinha dúvidas nenhumas de que nos esperavam sacrifícios mas, o que nunca lhe perdoarei, foi ter culpado os portugueses da situação a que tínhamos chegado, e aplicasse as medidas políticas que entendeu dever tomar, com o prazer sádico de um merecido castigo.

Este homem não merece nem estima nem consideração porque se apresenta à sociedade como se nós, cidadãos, não estivéssemos à altura dele, sem que percebamos de onde lhe vem essa superioridade...

Há ali um misto de sublime  desprezo no seu pessimismo a tudo quanto sejam metas do governo de António Costa.

Consciente e senhor do seu estilo, “troça” da felicidade do Presidente Marcelo porque percebe, que ao“fel” que destila, aquele oferece “mel” à população na forma de um sorriso aberto e de uma palavra de esperança.

Os políticos que não conseguem, ou não querem, fazer-se amar estão condenados a agradar apenas a um sector da sociedade que nasceu zangada com a vida (dos outros), e para quem um chefe que não usa o chicote não presta para liderar.

Lembram-se do Guterres, acusado de não usar chicote, um dos portugueses mais inteligentes da sua geração que ameaça agora vir a ser, por mérito próprio, “só”, Secretário Geral da ONU, motivo de orgulho nosso, mas que não mereceu a confiança do país que lhe abriu as portas para o mundo, depois o terem colocado, cá dentro, num pântano político.

Ficámos com o Sócrates e o Passos, brilhantes alternativas, muito mais ao nosso gosto, um por trafulha, outro porque nos ameaça com as reguadas da antiga escola primária...

O Passos, que nunca gostou do Marcelo, detesta que ele seja um Presidente feliz... porque, no fundo, ele sabe que nunca será um político querido e consensual como ele... mas não perde a esperança, talvez tudo corra mal ao Costa e ao país e o tragam ainda outra vez em ombros... lagarto lagarto, lagarto!

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