segunda-feira, maio 16, 2016

termos do contrato....
O Acto de Rezar

















Na concepção de um verdadeiro crente da religião católica, rezar é um acto de humildade, de submissão ao Senhor, tão Poderoso, que tudo Pode!...

Por isso, justifica-se o gesto, ajoelhado, cabeça curvada em resignação ou de olhos postos, ao alto, num encantamento radioso...

Venerar o Senhor, é um comportamento a que o homem está habituado desde que a humanidade se dividiu entre fracos e poderosos. Ontem, como hoje, a dependência gera a submissão, que pode ser por um lugar no céu mas também por um emprego que assegure o sustento da família.

O céu e o inferno tanto podem ser no outro mundo como neste só que, aqui, as coisas são mais certas e reais.

João Paulo II continua a repetir que foi a Srª de Fátima que lhe salvou a vida, desviando a bala do turco Ali Agca, em Roma, a 13 de Maio de 1981 e, por isso, voltou repetidamente a Fátima  para rezar em agradecimento.

A reza é, pois, um negócio, um trato, um ajuste, em que o crente suplica ao senhor que lhe dê vida e saúde, o defenda das balas assassinas e, em troca, presta-lhe adoração, reza, obedece a todos os preceitos religiosos.

Se eu estivesse presente, naquele momento, encarregue da segurança do Papa e tivesse desviado o braço do assassino de forma a evitar o tiro fatal, o mérito nunca seria meu, mas da Srª de Fátima, que teria manobrado o meu braço no movimento salvador.

A crença,  transforma em acto de Deus, um gesto que é deste mundo, que dispensa rezas e apenas exige competência de quem está encarregue da segurança, e sorte..., o aleatório, que sempre se presta a ser entendido como “coisa” da vontade reservada aos deuses.

Toda a religião é um “negócio” e a reza a conversa do negócio, o ajustar dos termos, com promessas e juras que, da nossa parte, cumpriremos integralmente, esperando que o Senhor faça a sua.

Toda a estrutura humana e logística de uma religião está ao serviço deste “negócio”.

Grandes, enormes e resplandecentes edifícios, obras monumentais que impressionam os crentes e os fazem sentir pequeninos e humildes na hora da reza, reforçam a força do pedido, tornam-no mais solene porque, está mesmo a ver-se, que rezar aos pés da cama não é, nem pode ser, a mesma coisa que rezar na Basílica de São Pedro, em Roma...

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