Confusão... |
Podia ser pior...
Não há na Europa situação de guerra com
confronto de exércitos, como aconteceu entre 14/18 e 39/45, mas, esse tipo de
confrontações, nem pode sequer voltar a acontecer porque a evolução dos
armamentos já não os permitiriam.
Lembro que, felizmente, quando o
exército alemão, na 2ª G.G.M., estava em condições de bombardear Londres com os
seus mísseis V2, o conflito chegou ao fim.
Por outro lado, do ponto de vista
político, existe uma grande uniformidade entre os vários países da Europa ocidental,
com democracias instaladas e governos de centro direita dos quais, Portugal,
será uma pequena excepção com um governo do PS, centro esquerda, apoiado por
comunistas, relíqui a do passado, e
pelo Bloco de Esquerda.
Portanto, do ponto de vista militar, a
Europa vive em paz, ou melhor, continua a viver em paz desde o fim da última
grande guerra.
Mas há sintomas de crise e insatisfação
nas populações que podem ter consequências na natureza política dos governos na
Europa, e as próximas eleições presidenciais francesas em que Marine Le Pen é
favorita, é disto um exemplo.
Merkel, com a sua política de abertura
aos refugiados, está em perda na sua base social de apoio, mas, o perigo maior
vem do Estado Social, uma criação europeia do pós - guerra, ou melhor, de
alguns dos seus países, que está ameaçado e periclitante.
As forças sociais e políticas de
direita, pensam que se gasta de mais com as pessoas dos sectores mais
desfavorecidos, enquanto que as das esquerdas: sindicatos, classes médias mais
baixas, trabalhadores, exigem que se gaste cada vez mais sem cuidar se aqui lo que se produz e se poupa pode pagar esse
“mais”.
O Estado Social foi uma conqui sta formidável da nossa sociedade,
principalmente, porque protege as pessoas na saúde, velhice, desemprego e
providencia a educação o que, no conjunto, se reflecte numa apreciável melhoria
da qualidade de vida.
Mas há perigos...
Falta na Europa uma liderança política
que se assuma em função da vontade dos povos, pela razão, e não pela força das
coisas, que o mesmo é dizer pela força dos interesses do dinheiro, sempre em
favor dos mais ricos e poderosos com sacrifício dos mais pobres, a partir de
uma relação injusta no tratamento igual daqui lo
que é desigual.
Mas, injustiças à parte, o maior perigo
vem do terrorismo que já levou cidades tão importantes como Munique a declarar
estado de emergência.
Um tipo de emergência diferente e por
diferentes razões, que levaram a Turqui a
a declarar, também, o estado de emergência, suspender as liberdades públicas e
os direitos humanos, no que será a criação uma futura ditadura islâmica pondo
em causa equi líbrios europeus.
A Leste, a Rússia de Putin que,
logicamente, apoia a nova ditadura turca, está à beira do conflito político. Os
povos eslavos e os europeus parecem, cada vez mais, ser uma preocupação.
A saída da Inglaterra deixa um vazio, e
do lado de lá do Atlântico, a incógnita de Trump deixa a Europa vulnerável.
A NATO que nos defende tem opositores em
Portugal, Espanha, Grécia, França e Turqui a
e há forças políticas em ascensão que entendem que deve ser posta em causa essa
Aliança, embora cada país, por si, não se defenda e reivindique a protecção
americana...
Enfim, podia ser pior...
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home