domingo, agosto 28, 2016

Largo do Seminário
Hoje é Domingo
(Na minha cidade de Santarem em 28/8/16














Os Brasilionários, é o nome inventado por Alex Quadros, jornalista e escritor brasileiro, para designar os milionários no Brasil.

Poder-se-à perguntar se os milionários, nessa qualidade, não são todos iguais. Claro que, ter em comum, muito dinheiro, para além daquele que qualquer pessoa precisa para fazer uma vida normal, acarreta muitas semelhanças comportamentais, direi mesmo, inevitáveis, mas é na relação com o dinheiro, o mesmo é dizer com o poder, que vem ao de cima o carácter das pessoas.

Alex Quadros, percebeu isso e, dadas as diferenças, chamou aos milionários brasileiros, “brasilionários”.

O que está a acontecer no Brasil, a propósito, dos dinheiros da Petrobras, dada a sua dimensão, resulta de uma confusão de natureza cultural e cívica, de que as riquezas naturais de um país não são pertença do povo desse país mas sim dos políticos que estão no poder.

Veja-se o que aconteceu, também, com o petróleo, em Angola e um pouco por todos os países governados por ditadores. E voltamos ao petróleo que é, assim, uma espécie de riqueza maldita!...

Mas o Brasil tem especificidades a que Alex Quadros chama de bizarrias: “um milionário brasileiro resolveu revestir as paredes de um quarto com asas de borboleta, mas possuía um certificado ambiental...”

Nos princípios do século passado, no norte de Portugal, algumas pessoas enriqueceram subitamente com o dinheiro do volfrâmio. Uma delas, entrou numa ourivesaria da Baixa de Lisboa, estendeu as mãos com os dedos esticados e abertos e disse, simplesmente: encha! - Outra bizarria...

No Brasil, o que se está a passar com os políticos e a justiça constitui um exemplo de isenção e independência do poder judicial que honra as instituições e os brasileiros: homens extremamente ricos e poderosos foram mandados prender por “corrupção”, que é uma forma de dizer roubo de dinheiro que era dos cidadãos, numa demonstração que nada tem a ver com o que costuma acontecer noutros países da América Latina.

À nascença, todos somos iguais mas a educação e o exemplo que recebemos, em cada país, da sociedade que nos rodeia e, fundamentalmente, dos que detêm a autoridade e o poder, faz toda a diferença.

Neste ponto, os políticos são cruciais e a democracia, que nos permite exercer sobre eles o poder de escolha, é a chave do problema.

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