A Bíblia está cheia de alusões ao Diabo e da variedade de nomes
com que ele é designado. Como todos os seus conterrâneos, Jesus falou sobre o
diabo e acreditou na sua existência mas essa crença não foi, nem de perto nem
de longe, o centro da sua mensagem resultando, antes, num “elemento de
contraste” para a boa notícia que pregava e que essa, sim, era o essencial da
sua mensagem: a existência de um Deus bom no qual se pode ter uma confiança
ilimitada e na superação do medo como caminho de “salvação”.
Todos os povos acreditaram e continuam acreditar na existência do Diabo. No cristianismo o diabo foi imposto no Concílio de Letrão em 1215. É uma crença que a igreja católica e as protestantes mantêm até aos dias de hoje.
Em 1974 o Papa Paulo VI afirmou: “ O demónio existe não só como símbolo do mal mas como realidade física”.
No ano seguinte, e perante correntes teológicas que punham esta
crença no domínio do simbólico, o Papa Paulo VI afirmava: “quem se negar a
reconhecer a sua existência e quem o explica como uma pseudo-realidade, uma
personificação concept ual e
fantástica das causas desconhecidas das nossas desgraças, coloca-se fora do
quadro do ensino bíblico e eclesiástico”.
Outra Teologia: O Diabo é um Mito
Outra Teologia: O Diabo é um Mito
– São mesmo os teólogos católicos que questionam com uma sólida
argumentação a existência do Diabo. Entre eles, destaca-se o sacerdote católico
e professor universitário alemão, Herbert Hagg, especialista no Antigo
Testamento e que procura “construir pontes entre a mensagem bíblica e a gente
de hoje”.
Ele é autor de um livro fundamental sobre este tema “O
Diabo, Sua Existência como Problema” (editorial Herder, 1978) no qual reduziu a
mito o relato do “Anjo Caído” e promove uma visão teológica numa outra
perspectiva mais construtiva e transformadora.
Herbert Hagg documenta no seu livro os terríveis resultados históricos que a “fé no diabo” provocou ao longo da história da humanidade e em especial ao longo da história do cristianismo.
O Papa Francisco afirmou que o demónio não é uma fábula; ele existe, e os cristãos não devem ser ingénuos diante de suas estratégias.
Não vale a pena esperar verdadeiras aberturas naqui lo
que são os pilares da doutrina católica de Roma. Não é o diabo que
verdadeiramente interessa à Igreja: é o medo, esse sim é que interessa.
Manter os fieis amedrontados com o inferno e o diabo são estratégias que perturbam as mentes mas servem os desígnios de obediência ao culto e às autoridades que superintendem a esse culto em toda a hierarqui a desde o simples padre da aldeia até ao papa de
Roma.
A ameaça e o medo foram sempre armas eficazes para qualquer poder seja ele político ou religioso.
Herbert Hagg documenta no seu livro os terríveis resultados históricos que a “fé no diabo” provocou ao longo da história da humanidade e em especial ao longo da história do cristianismo.
O Papa Francisco afirmou que o demónio não é uma fábula; ele existe, e os cristãos não devem ser ingénuos diante de suas estratégias.
Não vale a pena esperar verdadeiras aberturas na
Manter os fieis amedrontados com o inferno e o diabo são estratégias que perturbam as mentes mas servem os desígnios de obediência ao culto e às autoridades que superintendem a esse culto em toda a hierar
A ameaça e o medo foram sempre armas eficazes para qualquer poder seja ele político ou religioso.
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