sábado, maio 21, 2011

INFORMAÇÕES ADICIONAIS


À ENTREVISTA Nº 104 SOB O TEMA:


“QUE RELIGIÂO FUNDOU JESUS?” (4)



A Religião é Consolação


A religião é o ópio do povo é talvez uma das afirmações mais conhecidas de melhores de Karl Marx. Para entender melhor essa opinião, devemos lembrar que, quando Marx usou essa metáfora, o ópio era o mais potente e comum analgésico conhecido e utilizado. O sentido da metáfora, portanto, não era que a religião fosse uma forma de alienação ou de uma droga alucinogénica para ajudar as pessoas a escapar da realidade, como entendemos hoje os efeitos das drogas. Pelo contrário, Marx entendia a religião como um consolo para as pessoas face ao sofrimento que parecia ser inevitável e inelutável.


O filósofo espanhol Fernando Savater afirma:


- “Parece-me que a religião é um tipo especial de género literário, como a filosofia, e combatê-la como uma praga má sem atender aos anseios que expressa, é um empobrecimento, não só para a imaginação, como também para a razão. Receio que tão crédulos sejam aqueles que usam a Bíblia para refutar Darwin, como são crédulos aqueles que dão como certo que uma dose suficiente de neurociência dissipará todas as brumas teológicas. Para além disso, já vivi o suficiente para não querer privar alguém do que quer que seja que lhes sirva de consolo face à dor e à velhice mesmo que eu não compartilhe dele.”

A Religião é Como a Lua


Willigis Jäger, um monge e mestre do budismo Zen, oferece a seguinte metáfora:
A religião pode ser comparada com a lua que ilumina a terra durante a noite recebendo de dia a luz do sol. Quando a Lua está posicionada entre o Sol e a Terra ocorre um eclipse solar. Algo semelhante acontece com a religião. O sol é o divino que ilumina as religiões para que elas lancem luz sobre as pessoas em seu caminho. Mas se a religião atribui demasiada importância a si própria, colocando-se entre Deus e o povo, então ela irá bloquear Deus: um eclipse de Deus irá ocorrer. Encontramos essa tendência em todas as religiões.

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