HOJE É DOMINGO
(Da minha cidade de Santarém)
Ninguém consegue parar o tempo… Eu sei que dizer isto é um dislate, uma redundância, um desconchavo, uma tolice ou simplesmente apenas uma forma de dizer… um desabafo inútil como todos os desabafos, frutos da impotência, neste caso da minha incapacidade de impedir que mais este Domingo, sentado à mesa do meu Café, não seja menos um Domingo no desfiar de Domingos da minha vida.
Os meus amigos sabem que a inexorável passagem do tempo torna inevitável que aquilo que se adiciona se subtraia em simultâneo na nossa vida, (escandalosamente finita…) e essa é uma boa razão para se viver o melhor possível cada momento que passa, caso contrário será um desperdício.
Tenho à minha frente a notícia do jornal que refere a reunião de jovens católicos, oriundos um pouco de todo o lado, para um encontro em Madrid com o Papa. Vimo-los na televisão, exultantes, transbordantes de felicidade, vivendo momentos que irão ficar gravados nas suas memórias. A satisfação de estarem em grupo, de poderem conviver intensamente fá-los sentir de uma forma poderosa o fenómeno radiante da vida.
E o que é que a fé religiosa tem a ver com essa alegria se nós também a podemos testemunhar entre os jovens numa simples viagem de férias de fim de curso?
- Há no nosso cérebro um espaço de fé, como haverá do amor, do ciúme… não esqueçamos que todos nós somos herdeiros dos nossos antepassados que acreditaram nos avisos e recomendações dos seus progenitores para poderem sobreviver ao ponto de que, acreditar, tornou-se uma necessidade. Obedecer instintivamente era ainda a melhor maneira de assegurar a sobrevivência a tantos perigos que os rodeavam.
Acreditar…acreditar…acreditar… é a palavra de ordem do Papa… e o homem primitivo que existe em todos nós agradece, é uma salvaguarda, uma garantia de sobrevivência.
Pensar pela nossa cabeça sempre constituiu um risco, seguir as massas obedientemente, instintivamente, é um mecanismo de defesa. Por isso, acreditar acima de tudo, hoje como ontem, reconforta, confere o bem-estar de quem faz uma espécie de seguro de vida e por isso se sente feliz, descansado.
O Papa sabe isto tudo… a sua palavra pretende ser protectora, ele era já, antes de o ser, o guardião responsável pelo cumprimento da doutrina tradicional da igreja de Roma, testada ao longo de séculos de poder.
Por isso, é inflexível, não contem com ele para qualquer espécie de reforma: qualquer alteração, por pequena que seja, e o “edifício” vem a baixo.
Com ele a juventude está “defendida”: o sacerdócio continuará reservado aos homens, o casamento está fora de questão, qualquer tipo de aborto será condenado até aos quintos do inferno e os homossexuais, no fundo, não passarão de “maricas” enquanto certos avanços científicos são “perigosos”.
As Associações de Ateus, aqueles que deixaram de sentir a necessidade de acreditar e tomaram consciência dos perigos da fé religiosa, que no caso espanhol serviu para encobrir os crimes e as perseguições da ditadura de Franco, isto sem querer recuar muito no passado, vieram censurar os dinheiros públicos gastos pelo governo espanhol com mais esta visita do Papa, milhões, ao que se diz.
Hoje, Domingo, almoça com os cardeais e bispos, centenas ou milhares deles, mas a polémica dos milhões dispendida está lançada e não só pelos activistas laicos, também pelos católicos com confrontos na Portas Del Sol.
Enfim… mais uma notícia do jornal deste nosso mundo sempre em ebulição.
Um Bom Domingo para todos.
Os meus amigos sabem que a inexorável passagem do tempo torna inevitável que aquilo que se adiciona se subtraia em simultâneo na nossa vida, (escandalosamente finita…) e essa é uma boa razão para se viver o melhor possível cada momento que passa, caso contrário será um desperdício.
Tenho à minha frente a notícia do jornal que refere a reunião de jovens católicos, oriundos um pouco de todo o lado, para um encontro em Madrid com o Papa. Vimo-los na televisão, exultantes, transbordantes de felicidade, vivendo momentos que irão ficar gravados nas suas memórias. A satisfação de estarem em grupo, de poderem conviver intensamente fá-los sentir de uma forma poderosa o fenómeno radiante da vida.
E o que é que a fé religiosa tem a ver com essa alegria se nós também a podemos testemunhar entre os jovens numa simples viagem de férias de fim de curso?
- Há no nosso cérebro um espaço de fé, como haverá do amor, do ciúme… não esqueçamos que todos nós somos herdeiros dos nossos antepassados que acreditaram nos avisos e recomendações dos seus progenitores para poderem sobreviver ao ponto de que, acreditar, tornou-se uma necessidade. Obedecer instintivamente era ainda a melhor maneira de assegurar a sobrevivência a tantos perigos que os rodeavam.
Acreditar…acreditar…acreditar… é a palavra de ordem do Papa… e o homem primitivo que existe em todos nós agradece, é uma salvaguarda, uma garantia de sobrevivência.
Pensar pela nossa cabeça sempre constituiu um risco, seguir as massas obedientemente, instintivamente, é um mecanismo de defesa. Por isso, acreditar acima de tudo, hoje como ontem, reconforta, confere o bem-estar de quem faz uma espécie de seguro de vida e por isso se sente feliz, descansado.
O Papa sabe isto tudo… a sua palavra pretende ser protectora, ele era já, antes de o ser, o guardião responsável pelo cumprimento da doutrina tradicional da igreja de Roma, testada ao longo de séculos de poder.
Por isso, é inflexível, não contem com ele para qualquer espécie de reforma: qualquer alteração, por pequena que seja, e o “edifício” vem a baixo.
Com ele a juventude está “defendida”: o sacerdócio continuará reservado aos homens, o casamento está fora de questão, qualquer tipo de aborto será condenado até aos quintos do inferno e os homossexuais, no fundo, não passarão de “maricas” enquanto certos avanços científicos são “perigosos”.
As Associações de Ateus, aqueles que deixaram de sentir a necessidade de acreditar e tomaram consciência dos perigos da fé religiosa, que no caso espanhol serviu para encobrir os crimes e as perseguições da ditadura de Franco, isto sem querer recuar muito no passado, vieram censurar os dinheiros públicos gastos pelo governo espanhol com mais esta visita do Papa, milhões, ao que se diz.
Hoje, Domingo, almoça com os cardeais e bispos, centenas ou milhares deles, mas a polémica dos milhões dispendida está lançada e não só pelos activistas laicos, também pelos católicos com confrontos na Portas Del Sol.
Enfim… mais uma notícia do jornal deste nosso mundo sempre em ebulição.
Um Bom Domingo para todos.
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