terça-feira, agosto 16, 2011

LIÇÔES RADICAIS DA CRISE


Há duas heresias a que é preciso recorrer:

- Regular mais e mais os mercados, sobretudo os financeiros, proibindo muita da engenharia financeira que já regressou em força;

- Travar a globalização para países que não respeitem direitos sociais universalmente aceites, introduzindo taxas específicas para produtos oriundos desses Estados.

Os fundamentalistas do mercado darão urros de raiva e dor – e virão com a conversa de que o livre funcionamento dos mercados é a melhor forma de alocar recursos. A resposta é sim, desde que sejam regulados.


Porque o que se tem visto – e as estatísticas comprovam-no sem margem para dúvidas – é que a desregulamentação e a globalização levaram a uma concentração cada vez maior da riqueza em cada vez menos empresas e pessoas. E se é verdade que milhões de pessoas saíram da pobreza, outros milhões continuam a morrer de fome no Corno de África e o mundo está lançado numa turbulência económica, social e política como não se via desde a II G.G. Mundial.

O mais chocante desta crise é a incapacidade dos Estados (mesmo os E.U.A) conseguirem intervir para colocar ordem nos mercados. O mundo deixou de estar nas mãos dos políticos e passou para as dos especuladores. É evidente que, se não se colocarem travões a esta tendência, a história só pode acabar mal.

Nicolau Santos


Obs. - Alguém, com dois dedos de testa, tem alguma dúvida que a realidade é esta?

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