As duas cabeças da enguia... |
O Cerco aperta-se...
O governo grego assemelha-se a uma
enguia que procura fugir, escorregadia, por entre os dedos de quem a procura
agarrar.
Alexis Tsipras saíu da última reunião
com os senhores da Europa como o “dono político” das reformas a introduzir na
Grécia o que, no fundo, não significa muito.
Se as medidas de austeridade para o
governo grego significam a morte então, Alexis, pode escolher entre o
fuzilamento e a injecção letal.
Levou o Parlamento a aprovar uma lei
humanitária e os credores atiraram-se ao ar porque não foram consultados.
Um representante do governo grego
pergunta então: “se não temos autonomia para fornecer gratuitamente
electricidade a famílias carenciadas e atribuir vales alimentares a 300.000
pessoas quando isso não representa mais do que 200 milhões de euros, então, o
que nos resta para decidir?
Os gregos percebem os esforços
desesperados dos seus governantes para defenderem os seus interesses junto das
instituições europeias e por isso aumenta o número daqueles que os apoiam neste
autêntico braço de ferro de desfecho mais que previsível.
Ou há uma lista de reformas, leia-se
medidas de austeridade, ou não há desbloqueamento de verbas e no dia 9 de Abril
há um pagamento de 467 milhões ao FMI e depois, se o dinheiro chegar talvez já
não dê para pagar aos funcionários públicos.
Tudo seria mais fácil se o Banco
Central Europeu voltasse a aceitar títulos de Devida Pública grega como
garantia para operações financeiras mas o BCE tem sido muito duro e este pedido
não deve ser atendido.
Mesmo com qualquer outro balão de oxigénio
que venha a ser dado à Grécia não se vê bem como é que esta e os seus credores
vão resolver o problema no médio e longo prazo.
Mais do que a Ucrânia e o Sr. Putin,
mais do que EI e os terroristas criminosos é a situação da Grécia o maior
motivo de preocupação para os europeus porque, verdadeiramente, ninguém sabe ao
certo como será se ela sair da zona euro permanecendo na Comunidade Europeia.
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